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Aterrisaram ao mesmo tempo pouco antes dos portões de Osen,Casser encaixou a safira no portão e ele magicamente se abriu,por sorte não havia guardas vigiando do lado de dentro; então seguiram invisíveis cobertos pelas túnicas de Allu. A vila não era muito grande,mas havia movimento suficiente para que alguém se perdesse ali -pensou Carol- o castelo podia ser avistado logo atrás da mesma,sombrio e vermelho.

Haviam muitos comerciantes ali,homens e mulheres disputavam o espaço pelas vendas; passando por uma das barracas,Carol viu uma pulseira dourada cheia de pingentes de peixinhos azuis pendurada. Ela se aproximou um pouco para olhar e a vendedora se virou com um sorriso comerciante,direcionado para um cliente logo atrás de Carol. Ela usava roupas velhas e de aparência encardida,e Carol se perguntou como devia ser a vida daquela mulher. Teria marido? filhos? Porque estava vivendo naquela terra tão seca e gélida?

Carolina esticou a mão e tocou a pulseira,de repente sentiu ali o leveza da água fluindo por sua pele e a voz chamando-a; era tranquilizante,Carol sentia uma imensa vontade de estar sob a água novamente. Fechou os olhos por um momento,segurando a pulseira. Começava a se perder nas sensações boas que aquele objeto lhe proporcionava,quando Casser a puxou pelo braço,trazendo-a de volta á realidade.

-Não se distraia,Carolina! -Repreendeu entredentes -Quer colocar tudo a perder?

Ela olhou para a pulseira ainda pendurada na barraca e de volta para Casser.

-Não! -Respondeu,puxando o braço com força para longe do aperto dele.

Ele suspirou e encarou-a com raiva,em seguida disse:

-Vá,vá para perto de Clair. -Ordenou -Vou dar uma volta por essas barracas para ver se encontro armas,vamos precisar.

Carolina obedeceu e aproximou-seda guardiã,mesmo um pouco irritada. Casser era rei e estava acostumado a mandar,mas ela achava que ele devia aprender a separar as coisas. Era um completo mandão e impaciente,que agia como se apenas ele pudesse ser capaz de fazer as coisas do modo certo e os outros necessitassem de constante supervisionamento seu. Ela cruzou os braços.

-Acha que encontraremos logo Oliver? -Perguntou a Clair.

A guardiã que estava distraída com algo do outro lado da vila,se virou para ela.

-Espero que sim -Respondeu,em seguida avaliou o rosto de Carolina atentamente. -Porque está zangada?

-Me pergunto como você o aturou durante dois anos. -Disse Carolina.

Clair sorriu.

-Casser?

Carol lançou um olhar irritado para ela.

-É claro. -Disse.

Clair cruzou os braços e olhou na direção que Casser desaparecera.

-Nem sempre ele é assim. -Falou.

Aguardaram mais algum tempo,até que Casser surgiu a passos largos na direção delas; segurou o braço de Carolina.

-Temos que ir -Disse,ofegante -Acabo de encontrar um guarda do castelo por aqui e ele está voltando para lá,precisamos ser rápidos e seguí-lo; entraremos pelos fundos.

Ele estendeu uma das espadas que havia conseguido para Clair e uma adaga nova para Carolina; já havia uma espada embanhada em seu cinto. Casser segurou a mão de Carolina(era algo que ela já percebera ter se tornado um hábito) e avançou pela vila rumo aos fundos do castelo,seguidos por Clair.

 Casser segurou a mão de Carolina(era algo que ela já percebera ter se tornado um hábito) e avançou pela vila rumo aos fundos do castelo,seguidos por Clair

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Rei Das Cinzas - Sombra Das águas (livro 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora