CAPÍTULO 11

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VOCÊ
Entro dançar e sem ficar muito tempo Fabrício me chama. O que eu fiz de errado?
— que foi? -pergunto seca.
— tem um cara querendo você.
— eu não vou! Já te falei.
— ele está pagando bem, é a sua chance de ganhar um bom dinheiro.
— eu não vou, Fabrício!
— Beatriz, -segura em meu braço- você não tem escolha, eu já falei! Pega sua bolsa e vai com ele. Faça o que ele pagou valer a pena.
Respiro fundo e puxo meu braço. Saio bufando. Vou até o camarim e pego uma bolsinha que eles deixaram lá pra quando  fosse preciso. Coloco algumas coisas minhas e volto até Fabrício que me esperava no mesmo lugar.
— obedeça! -diz ele.
Não digo nada e o acompanho.
— ela é toda sua. Volte sempre! -diz como se eu fosse um animal.
— obrigado. -responde- Vamos? -me olha.
Eu conheço ele de algum lugar.
Afirmo com a cabeça e vou andando. Com as mãos em minhas costas ele vai me guiando até seu carro. Entramos.
— agora você pode tirar a máscara pra mim? -perguntou.
Retiro, mas não olho a ele.
— Beatriz? -como sabe meu nome?- Olha pra mim. -olho.- Lembra de mim?
— desculpa, mas eu vejo muita gente. Não reparo. -lembro, mas não sei de onde.
— eu fui na sua casa outro dia, junto com o seu irmão.
— Caio? -lembro. Olho a ele assustada.- Como você me achou? Por que você está aqui? Não fala nada pra ele!

Maquiagem Borrada - Caio CesarOnde histórias criam vida. Descubra agora