CAPÍTULO 49

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Em minutos chegamos no restaurante. Francielly que indicou, eu não conhecia. Era um lugar bem arejado, com as luzes baixas dando um ar romântico, um jazz tocava ao fundo. Mesas e cadeiras de madeira com textura antiga. Uma toalha branca cobria as pequenas mesas e por cima os pratos e copos. Lugar bem bonito e totalmente reservado, Francielly acertou em cheio.
— vocês têm reserva? -pergunta um homem de terno e gravata que estava na porta. Caio me olha.
— está em meu nome. Beatriz Rodrigues. -respondo ao moço.
— me acompanhem.
De mãos dadas acompanhamos até uma mesa no fundo do local, com uma grande janela que dava vista aos poucos carros que passavam pela rua deserta da noite. Nossa mesa era ali, com vista a lua, ótima vista, ótimo lugar.
— fiquem à vontade. -nos entrega o cardápio e sai.
Escolhemos e fazemos o pedido. Eu estava nervosa.
— fique calma. -pega em minha mão que estava sobre a mesa.
— é estranho... Sempre fomos só pra um lugar, eu sempre daquele jeito. E agora aqui. Esse restaurante totalmente diferente, com um ar romântico.
— eu sempre quis te levar em um lugar assim, você que nunca deixou.
— eu sei. -puxo minha mão.- É que pra mim é tudo novo, se é que você me entende.
— você nunca namorou?
— eu trabalho, não tenho tempo. E também não vejo motivo.
— você nunca gostou de alguém?
— licença. -o garçom coloca as pizzas no prato e sai.
— não sei se eu acredito muito nisso. Gostar, não gostar... É tudo uma coisa que o homem inventou e colocou na cabeça das pessoas.

Maquiagem Borrada - Caio CesarOnde histórias criam vida. Descubra agora