CAPITÚLO 23

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— cara como eu? Não entendi.
— você é rico, chefe do meu irmão. O que vão pensar? O povo aqui é fofoqueiro.
— mas eu só quero te dar uma carona. -diz inocente- Igual dei para o seu irmão.
— tá bom. -respiro fundo- Mas vai ser a primeira e última, entendeu?
— sim senhora. -sorri.
— eu vou me arrumar aí a gente já vai.
— te espero na sala. -sai do quarto.
Não sei se fiz certo em aceitar, ele me conhece a tão pouco tempo. Sem contar, também, que eu nem conheço ele, vai saber pra onde ele pode me levar. Ontem tudo bem, ele pagou para aquilo acontecer, mas hoje não. Ele simplesmente apareceu aqui pra me dar uma carona. Acho isso tudo muito estranho, mas espero que minha intuição esteja errada e que ele seja um bom rapaz, como aparenta ser.
Visto uma blusa vermelha, uma calça jeans e por cima meu sobretudo de todas as horas. Pego minha bolsa e vou até a sala.
— vamos? -pergunto a ele. Se levanta.- Ju, ele vai me dar uma carona até Tatuapé. Você se cuida, viu mocinho?
— pode deixar. -sorri.
Me aproximo e dou um beijo em sua testa.
— mais tarde eu volto.
— bom trabalho!
— Tchau Junior, até amanhã. -diz Caio me acompanhando até a porta.
Saímos e entramos no carro.
— está cedo pra você ir trabalhar, não está? -pergunta logo que entramos.
— sim, por que?
— não quer ir jantar comigo? Estou morrendo de fome.

Maquiagem Borrada - Caio CesarOnde histórias criam vida. Descubra agora