CAPÍTULO 68

197 15 0
                                    


Sem demorar, ele da sinal de vida.
— eu não aguento mais, sai. - empurro sua mão.
Ele ri.
— tô com fome.
— vamos lá comer. Acho que o Junior comprou pão. -me levanto.
— você acha que ele vai querer me matar se souber que eu voltei pra cá?
— vai! -rio me vestindo.- Seria bom se ele não soubesse, mas ele vai ficar sabendo.
— ele é bravo, né?! -se veste- Não conhecia esse lado dele.
— o Junior é o homem da casa, como ele diz, então ele não gosta mesmo. As vezes ele me trata como se fosse meu pai e não irmão. -rio.- Vem.
Vou para a cozinha. Da geladeira tiro o presunto e o queijo, os pães já estavam na mesa.
— quer que eu vá buscar pão? -ele aparece na porta da cozinha.
— tem alguns aqui, mas não sei se você come.
— eu busco lá rapidinho. É aqui na esquina, né? -afirmo com a cabeça- Então eu já volto. -sorri.
O acompanho ate o portão e ele vai. Deixo o portão aberto pra ele voltar e já entrar. Entro fazer o café. Em minutos ele volta e comemos.
— precisava comer. -digo.
— pão fresquinho é uma delícia.
— parece gordo falando. -rio- Tava esquecendo já, vou pegar seu dinheiro.
— não precisa!
— logico que precisa!
— não precisa, Beatriz. A gente gastou muito, depois vai te fazer falta.
— não vai fazer falta nenhuma.
— eu não vou aceitar.
— se você não aceitar eu não vou mais sair com você.
— precisa disso?
— precisa! -vou até o quarto e pego o dinheiro. Volto a cozinha.- Pegue. -entrego a ele.
— eu vou dar pra primeira pessoa que eu ver.
— de pra quem você quiser. Eu te paguei, isso que importa.

Maquiagem Borrada - Caio CesarOnde histórias criam vida. Descubra agora