Olho a ele. Me pegou de jeito, novamente.
— licença. -o garçom chega com a sobremesa.
Obrigado, você me salvou. Havíamos pedido um fundee de chocolate. Ele coloca a tigela de chocolate ao centro da mesa e o pote com morangos ao lado. Os palitos vinham junto da tigela. Comemos rindo e brincando. As vezes um dava para o outro, se sujando inteiro.
— vou no banheiro me limpar. -coloco palito sobre a mesa. Já havia acabado.
— vou com você. -olha sobre a mesa- Pega sua bolsa que de lá a gente já paga e vai embora.
Afirmo com a cabeça e levo a bolsa comigo. Vou indo ao banheiro e Caio me acompanha. Para o banheiro, primeiro você passava por uma porta de madeira, grande, e depois dessa porta tinha duas, uma de frente para a outra, onde uma era o feminino e a outra o masculino. Passamos a primeira.
— vê se não tem ninguém lá dentro. -diz ele em meu ouvido.
Entro e confiro, não havia ninguém.
— tem ninguém. -digo.
Ele sorri e entra comigo.
— você é louco!
— aham. -me puxa a ele encostando na porta.- Nem te conto por quem. -me beija.
Coloco minha bolsa na grande pia e levo minhas mãos a sua nuca, o beijando com mais vontade. Ele queria outras coisas e eu não posso negar de que também queria isso. Suas mãos que estavam em minha cintura já percorria minhas costas. Com meus cabelos para trás, ele mordisca minha orelha e desce para o pescoço, beijando e dando leves chupões. Eu sentia alguma coisa, uma vontade de mais, de querer mais. Isso era o tal do prazer que todos dizem e que eu nunca senti?
— tem alguém aí? -alguém bate na porta do lado de fora.
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Maquiagem Borrada - Caio Cesar
Fiksi PenggemarAbandonados pelos pais aos 15 anos, você e Junior, seu irmão de 13, se mudaram para São Paulo em busca de uma vida nova, sozinhos, apenas com o dinheiro que os restavam. Encontraram uma casinha abandonada e se apossaram dela. Os anos foram se passan...