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Sentado na mesa de jantar, tomando café da manhã, relembro o sonho que tive ontem com a minha mulher. No sonho, eu peguei ela e a forçei a fazer amor comigo.
Tudo está confuso até agora. Minha cabeça lateja de dor e meus pensamentos estão para lá deste mundo.
Eu teria coragem para fazer uma coisa daquele tipo? Não, não. Não sou um covarde, nem um marido que...
Ah, Leo! Esqueça esse sonho.
Eu não posso, em hipótese alguma fazer isso, nem que eu esteja louco.
Arqueio a cabeça para trás com os olhos fechados, depois volto ao mundo. Nesse momento, deparo com Esther encostada na entrada da cozinha, de pijama sensual cor creme e muito curto.
Ela me observava...
- Bom dia. Parece que alguém dormiu mal.
Ela toma uma cadeira para sentar ao meu lado, com a expressão suave. Não está zangada e muito menos sorrindo.
- O que houve?
- Nada. Tome o seu café. Fiz quando acordei.
Não vou contar sobre o sonho. Não quero preocupá-la à toa. Isso foi só uma bobagem.
- Hum... - ela encara a comida - parece estar bom.
- Fiz pra você.
Finalmente ela sorri. Carinhosamente, ela passa a mão na minha barba e afaga todo o local, depois me dá um beijo.
- Gosto de te ver meu marido assim, não como ontem.
Sorrio também, pegando seu rostinho liso nas mãos.
- Me desculpe por ontem. Deveria ter tratado o seu amigo melhor.
- Mas...
- O ciúme falou mais alto - emendo.
- Não consegue se controlar, né?
- Às vezes... Esther, olha para você... É minha mulher, linda e delicada e está sendo cobiçada por muitos homens por aí. Não lê as revistas de fofocas?
Ela acaba rindo de verdade.
- Sabe o que dizem de você lá?
- Não quero nem ouvir.
- É por isso, meu amor. Tenho ciúmes, sempre vou ter.
Ainda bem que era um sonho. Era só um maldito sonho que resolveu me atormentar na madrugada.
Vendo minha mulher assim, relaxada ao meu lado, nem parece que brigamos ontem. Vou ter que me controlar daqui para a frente. Não quero perdê-la e muito menos afastá-la dos amigos.
Relaxe, cara...
- Você está bem mesmo, Leonel?
Ela me observa.
- Estou. Coma - aponto para o prato dela, cheio de omelete.
Esther, rebelde como sempre, diz:
- Não vou comer se não me falar o que realmente está acontecendo. Lembra que combinamos de não esconder nada um do outro? Então, eu sempre digo a verdade a você.
Não disse a verdade quando resolveu ir àquela festa...
Evito revirar os olhos para ela.
- Esther, eu não quero brigar. Isso é coisa minha.
- Tem certeza de que não quer desabafar comigo?
- Tenho. Talvez, depois.
- Tudo bem. Vou respeitar sua privacidade.
- Obrigado.
Nos calamos até terminarmos o café da manhã. A vida a dois não é nada fácil, estar casado sempre é uma missão, que você tem que cumprir a cada dia.
Tento não cair na rotina com a minha mulher, e às vezes é complicado você despertar. Porém, já estou acostumado, não é a primeira vez me caso com alguém. A primeira era apenas paixão e sexo. Já a segunda é amor de verdade. E eu, como marido, tenho que cuidar do que me pertence.
- Amor? - chamo ela quando ia subir as escadas. Ela vira nos calcanhares e me olha.
- Diga.
- Vem cá, vem - indico o sofá enorme da sala. Deixo a TV ligada num programa divertido.
Esther sorri, eu também. Então, ela diz, um pouco surpresa:
- Achei que ia se trancar no escritório e ficar por lá.
- Profiro passar a manhã com a minha mulher.
Ela cora, descendo as escadas devagar.
- Tem certeza?
Balanço a cabeça em afirmativa.
- Ok, doutor.
Doutor...
Sorrio, relembrando que muita das vezes que dava aulas, ela me chamava de doutor, mesmo tendo uma relação amorosa comigo às escondidas. Isso me deixava tão excitado por ela.
Esther toma o sofá ao meu lado. Agarradinhos como dois pombos, assistimos ao um programa de comédia.
- Gosto quando você me chama de doutor.
- Eu sei desde da época que me dava aulas.
Acarecio seus cabelos lentamente.
- Lembra de tudo?
- Sim.
- Será? - brinco.
- Claro que sim!
- Então... Lembra quando de beijei pela primeira vez?
Ela fica em silêncio, relembrando.
- Ah! Sim, lembro. Nunca fui beijada daquela maneira. Foi ali que me apaixonei por você, mas estava confusa.
- E quando brigamos no estacionamento?
- Também lembro. Você foi grosso comigo.
- Eu reparei muito em você. Mesmo com muita raiva por ter batido em meu carro, eu te desejei mentalmente.
Ela vira o corpo e me encara, intrigada.
- Sério?
- Sério. Eu estava com vontade de transar com você ali. Você estava de saia, o que me deixou mais asceso por dentro.
- Seu safado - ela ri, com a mão no rosto.
- Quis te pegar muitas vezes, principalmente, dentro da sala de aula.
- Leonel!
Chego mais perto dela no sofá, agarro seus cabelos na mão e posiciono a boca no pé do seu ouvido, e digo:
- Eu queria ver você gozar bem gostoso pra mim. Gemer meu nome. Sentir você todinha, gritando, arfando debaixo de mim, na minha cama. Queria meter em você até não ter mais onde me caber.
- Leonel...
Ela quase geme, virando o rosto para me olhar, embasbacada. Eu apenas sorrio de lado.
Esther sai do lugar e salta para o meu colo, agarrando a minha nuca.
- Adoro quando você diz besteiras no meu ouvido.
- Ah, é?
- É. Quando passa essa barba em mim... - ela desliza a mão para o meu maxilar, com a boca aberta, já excitada - quando me chupa...
Sem pestanejar, eu a deito no sofá e a deixou de pernas abertas, pronta para mim. Empurro a calcinha de lado e enfio apenas dois dedos. Ela arfa.
- Quer que eu te chupe?
- Quero.
- Onde, princesa?
- Exatamente onde seu dedo está.
- Aqui? - aponto entre suas coxas.
- Sim.
Posiciono o tronco do corpo para baixo e afasto mais as pernas dela. Coloco a boca ali e lambo devagar... bem devagar...
- Ah!
Adoro quando ela geme.
Prometo acabar com você, Esther, até -la com dificuldades para se sentar.

Nosso estúpido casamento - AmostraOnde histórias criam vida. Descubra agora