Capítulo 15

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   Esther me acompanhou até o quarto do hotel onde estou hospedado. Deixou o carro na caragem e subiu comigo. Agora ela está aqui, me ajudando a tirar as roupas para tomar um banho, depois descansar, talvez.
   Reparo nela, enquanto ela vai me ajudando. Está linda, como sempre. A grávida mais linda. Ela usa um vestido da cor nude, um salto combinando com o vestido, pulseiras de ouro, a aliança de casamento no dedo perfeito, as unhas bem feitas, o cabelo longo na cor de uma laranja, hidratado e ondulado. O perfume doce... Ah... minha mulher.
   Ouso tocar, devagar, sua cintura fina. Esther me olha. Estou sentado na borda da cama enquanto ela está em pé, tirando minha camiseta.
— O que foi?
   Passo a mão na barriga dela com os olhos girando.
— Menino ou menina?
— Eu não sei ainda.
— Quero que seja menino. Forte como o pai.
   Esther fica sem entender a minha atitude, até com um pouco de raiva.  Agacho a cabeça e posicionou o ouvido sob a barriga dela.
— Espero que esteja ouvindo. Oi, filhão. Sou eu, o seu pai. Quero que me obedeça em tudo, entendeu? Nada de ser atrevido.
— Leonel.
   Olho para Esther.
— Deixa eu falar com o menino, por favor. Você fica com ele todos os dias e eu não — repreendo-a.
   Volto a posicionar a orelha no local.
— Fala pra sua mãe voltar pra mim, filho. Ela não me quer mais. Ajuda o seu pai, vai.
   Esther se desvencilha de mim, me encarando, séria.
— Deixa de ser burro, Leonel. Não sabemos se vai ser menino.
— Pois eu já sei. Vai ser menino, macho, forte, grandão, comedor de mulheres.
   No mesmo instante, levo um sopapo no meio da cara. E... Droga, doeu.
— Ele nunca vai ser igual a você, seu bêbado vagabundo — aponta o dedo para o meu rosto.
— Bêbado vagabundo? Eu sou doutor, meu bem.
— Um médico sem juízo.
   Ela abaixa e arranca meus sapatos de qualquer jeito. Com apenas alguns segundos, fico apenas de cueca.
   Esther para, me olha desconsertada. Tenta esconder o desejo que sente, mas não consegue. Ela pega minhas roupas e joga todas no canto do quarto, sem me olhar.
— Está com vergonha?
— Eu só estou com pressa.
   Dou uma leve risada.
— Vem cá — estendo a mão.
   Ela me olha, hesitante.
— Vem.
   Ela vem, com passos lentos, como uma princesa amedrontada.
   A cada passo dela, a cada mexida do quadril, das pernas, dos cabelos, meu pau vai crescendo, vou ficando louco, querendo ela.
   E ela, como não é boba, saca a minha jogada.
— Se acha que vou transar com você...
   Puxo-a bem rápido para o meu colo e beijo-a com força, sucando sua boca,  puxando seu cabelo, apertando seu corpo contra o meu.
   Depois do beijo...
— O que você está fazendo? — ela apoia em meus ombros e me olha, confusa. Os lábios rosados e molhados.
— Amando você.
   Retribuo o olhar, fraco, vendo a imagem dela embaçada.
— Cuida de mim.
   Ela chora devagar.
— Não posso. Não posso mais.
   E passa as mãos no meu rosto inteiro, acarecia a barba e meus lábios, admirada, chorando, os olhos vermelhos, opacos.
— Não posso mais me sacrificar por você assim. Chega.
   Rapidamente deito ela na cama, sem ter a chance de defesa, de argumentar mais.
— Eu não quero falar mais, quero amar você, Esther — sussurro.
— Leonel.
— Aceite fazer amor comigo.
   Vou retirando a alça de seu vestidinho e beijando cada canto do pescoço, sentindo o cheiro macio dela.
— Não.
— Sim, meu amor — tiro o sutiã dela. Seus seios perfeitos surgem no ar, durinhos. Eu fico louco, vendo o céu à minha frente. Meto a boca sem cerimônias, chupando, mordendo.
— Leonel — geme Esther, puxando os meus cabelos.
   Eu não paro, continuo, dessa vez do outro lado, mais forte.
— Ai... por favor, Leonel... — geme ela, se contorcendo.
   Por um instante eu paro, e olho para ela.
— Quer que eu pare?
   Me olha, confusa. As mãos espalmadas em meu rosto, admirando tudo.
— Por favor, diga que sim. Eu preciso de você, preciso fazer amor com você, sentir você de novo, amar você, Esther.
— Sim. Eu quero.
   Sorri e, delicadamente, faço amor com ela, a minha esposa, a mulher que eu amo, que eu não suporto viver sem.
  

  

Nosso estúpido casamento - AmostraOnde histórias criam vida. Descubra agora