Capítulo 09

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Prólogo de Mary e Érodys


Eu estava suando, estava quente, totalmente excitada recebendo ele. A cada estocada firme, forte eu tremia toda por baixo, as pernas ficavam bambas, meus olhos giravam, minha boca, aberta, gemendo alto demais. Érodys não queria barulho, tapou minha boca várias vezes, enquanto eu gemia na palma de sua mão.
Nunca, em toda a minha vida, senti algo como aquilo, foi excitante, embriagante, envolvente demais. Merece ser lembrado com carinho, apesar de Érodys ter sido bruto comigo, muito bruto. Achei que não ia aguentar mais. Era uma tortura deliciosa estar nos braços dele, sendo comida de quase todas as maneiras.
Fizemos na cama e no chão. No chão foi mais lento, mais apaixonante. Fui chupada devagarinho e, quando gozei pela primeira vez, me senti estranha, estava escorregadia, facilitou a penetração, que pensei que não iria conseguir, que iria doer e tal.
Eu só não gostei de uma coisa...
- Érodys...
Chamei ele entre as estocadas que recebia. Meus seios balançavam na hora.
- Diga.
A voz dele estava rouca e grossa. Ele também estava perdido nos seus gemidos, assim como eu. Mas sussurrei:
- Eu te amo.

E, no mesmo instante, ele parou, incrédulo.
- O quê?
- Eu te amo.
- Me ama? Como...
Passei as mãos na face dele e olhei no fundo dos seus olhos.
Érodys estava confuso, com medo, talvez.
- Sim.
Me senti constrangida ao ver a reação dele. Não gostou nem um pouco de saber.
- Maryelli - nessa hora ele encostou a testa na minha e respirou fundo, com os olhos fechados. - Maryelli... Não faça isso. Não sou homem para você, menina. Gosto de coisas diferentes que você não conseguiria me acompanhar.
Foi tão gostoso quando ele parou com o vaivém e ficou imóvel dentro de mim, quente, escorregadio. Enquanto falava, o suor de seu corpo músculo pingava em mim, nos seios e na barriga.
- Já vi o que você faz.
- Tem muito mais do que isso. O que você viu foi o básico. Você não vai aguentar, Maryelli. Desista... Não gosto de romance. Sou ambicioso demais, quando quero uma coisa, eu consigo. Minha ambição fala mais alto do que viver em amor com uma mulher.
Confesso que fiquei triste ao ouvir tudo isso da boca dele. Mas ainda queria saber mais.
- Então... O que você quer comigo?
Ele abre os olhos e me encara, o rosto deslumbrante, suado, os cabelos bagunçadas, os lábios vermelhos.
- No momento, estou descobrindo o que quero.

****

- É isso que ele disse - ela completa a história para mim.
- Esther, me conte mais sobre o seu irmão.
- Bom, Mary... Não sei se ele mudou durante esse tempo longe de mim, mas Érodys é um homem bom. Trata bem as pessoas, é educado, cuida da saúde, é organizado, independente e às vezes tem um lance com alguém, mas nada sério. Ele nunca gostou de romance, nunca mesmo! - garanto com um olhar definitivo à Mary. Mas, pelo visto, ela entristeceu com o que acabei de dizer.
- Ah, desculpa, Mary - abraço ela - Eu disse a verdade, tá?
- Tá bom. Obrigada.
- Mas tente com ele. Nunca se sabe. Com o seu irmão foi quase igual, ele não acreditava no amor e agora acredita.
- Mas pelo menos ele amou e acreditou. Com o Érodys é diferente, ele talvez nunca amou ninguém e, mesmo assim, não quer amar. Só quer curtir. Você acha que ele está brincando comigo?
- Não - falo rápido demais.
Eu acho que não.
- Espero que seja isso porque eu gosto muito dele, muito.
Ah, meu Deus! Cuitadinha dela. O meu irmão me paga!
- Eu sei, Mary - abraço ela com um pouco mais de força, tranquilizando-a até fazê-la mudar de assunto porque a conversa me deixou enjoada.

Nosso estúpido casamento - AmostraOnde histórias criam vida. Descubra agora