Capítulo 2 - A aposta.

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Quem aquele imbecil pensava que era? O dono do mundo? Ele achava realmente que eu ia deixar aquilo daquele jeito, sem fazer nada? Ele não sabia com quem estava se metendo

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Quem aquele imbecil pensava que era? O dono do mundo? Ele achava realmente que eu ia deixar aquilo daquele jeito, sem fazer nada? Ele não sabia com quem estava se metendo. Minha vontade era de acender um cigarro, mas não podia naquele momento. Eu precisava falar com uma pessoa primeiro. Fui direto para a sala do reitor que por sinal era melhor amigo do meu pai, e contei a ele tudo que aconteceu, mas claramente trazendo tudo a meu favor.

Fiz o melhor para fazer uma cara de choro.

— O senhor sabe que eu ando tendo alguns problemas e por isso faltei as aulas, eu até trouxe o atestado médico. - Disse a ele. Mas obviamente era tudo mentira, eu tinha conseguido os atestados com meu irmão. — Mas aí, hoje eu estava apenas perguntando sobre o que teve nas ultimas aulas de direito penal para um amigo e aquele professor me colocou para fora da sala. Ele me humilhou na frente de todos.

Olavo suspirou pesadamente.

— Pode voltar para a sua sala, mostre esse papel que eu assinei para o seu professor que tudo estará certo. Ele é bastante severo às vezes, você não foi a única que fez reclamações sobre ele. Mas tente não ficar conversando durante as aulas, ok?

— Claro, eu prometo. - Respondi.

Saí da sala dele e já coloquei meu sorriso de volta no rosto. Aquele imbecil ia receber uma bronca do Olavo. Quando me aproximei da minha sala meu coração até disparou de antecipação. Eu bati na porta e o professor gostoso, porém imbecil abriu a porta rapidamente.

Suas sobrancelhas franziram, e seu rosto se encheu de surpresa ao me ver.

— O que faz aqui? - Perguntou e saiu fechando a porta.

Eu sorri para ele.

— Eu conversei com o reitor, aqui está um papel que ele me entregou, liberando minha entrada. - Falei entregando o papel a ele.

Ele leu e depois me olhou com raiva.

— Acho que a partir de agora você tem que começar a aprender que eu sempre consigo o que quero, e vá se preparando para o que está por vir para você, porque meu pai contribui muito para essa faculdade e é grande amigo do senhor Olavo. - Falei sorrindo.

Passei por ele sem deixa-lo responder. Todos ficaram olhando surpresos quando me viram e eu me sentei em meu lugar perto de Layla. Ela tentou falar comigo, mas eu fiz um sinal com o dedo indicador para que ela fizesse silêncio, não queria dar motivo para o imbecil me colocar para fora novamente.

Ele voltou para a sala e nem mesmo olhou em minha direção, pegou um livro que estava em sua mesa e voltou a aula como se nada tivesse acontecido.

— Como eu já havia dito, hoje vamos ter um debate sobre um livro que eu havia pedido para todos lerem, "Dom Casmurro", não esqueçam que esse debate vale nota para todos e vai fazer muita diferença para quando acontecerem as provas de maio.

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