Eu me levantei de imediato para que aquela loucura acabasse ali, e fui até o aparador onde meu celular estava para atende-lo, mas quando o peguei a ligação já tinha sido encerrada. Era o meu amigo Enzo, que sem ter a mínima ideia tinha me salvado naquela hora.
Roberta me puxou pelo braço e me virou para que pudesse me olhar novamente, e ao contrário de mim, pelo que dependesse dela as coisas poderiam continuar de onde pararam.
— Que merda esse celular tocar justo agora, mas não tem problema. Podemos continuar de onde paramos.
Eu não sabia bem o que ia dizer, mas precisava encontrar as palavras certas para que ela não ficasse com raiva de mim.
— Tudo isso foi muito... precipitado. Não poderia ter acontecido de maneira alguma e...
Ela me olhou completamente indignado e muito, mas muito puta comigo.
— È sério isso? Cadê aquele cara que estava comigo até dois minutos atrás? - Perguntou me interrompendo.
— Foi um erro. - Disse simplesmente. — E por favor, não conte isso a ninguém, poderia trazer muitos problemas para mim se alguém ficasse sabendo.
Ela pareceu se irritar ainda mais.
— È claro que eu não vou contar a ninguém. Você acha mesmo que eu ia prejudicar você?
— Não, claro que, não. Eu... isso... nunca me aconteceu antes. Nunca tive nada com nenhuma das minhas alunas, e pretendo que continue assim. - Falei sério.
Ela estreitou os olhos em minha direção.
— É sério que você vai ficar com esse drama todo? Quando você me beijou, e quando ficou me chupando, não existia professor e aluna, só existiam duas pessoas que queriam muito o que estava acontecendo. E você pode dizer o que quiser, professor Dante, mas o seu amiguinho aí no meio das suas pernas está desmentindo tudo que você está dizendo. Mas quer saber, eu definitivamente não preciso disso. Posso ter o homem que eu quiser pra mim, e vou sair para me divertir ao invés de ficar discutindo com você. - Falou irritada.
Roberta ajeitou a roupa no lugar de forma rápida e foi embora batendo a porta de entrada com força. Puta que pariu!
Ali eu estava parado feito uma estaca sem reação alguma, e com uma ereção que estava acabando comigo.
Me deixei cair no sofá e fiquei ali por um tempo, eu precisava fazer a coisa certa, precisava agir com responsabilidade e não com tesão. Bufei irritado, e meu celular vibrou. Era o Enzo me mandando mensagens, mandei um áudio para ele pedindo que ele me visitasse amanhã, precisava contar para alguém o que estava acontecendo ou eu ia enlouquecer.
*
Eu estava deitado na cama tentando dormir, mas não conseguia de forma alguma. Tudo que vinha a minha mente era Roberta e... Deus do céu! Eu precisava parar de pensar nela, aquilo não ia me levar a lugar algum. Ouvi a campainha tocando e achei que só poderia ser algo da minha cabeça, mas então eu ouvi de novo, e de novo, e não parava. Puta merda, quem estava na minha porta àquela hora da noite? Eu abri a porta às pressas e não tive tempo de ficar surpreso com o súbito aparecimento da Roberta porque ela falou um: Puta merda e se jogou em cima de mim.
Roberta enrolou os braços ao redor do meu pescoço me beijou me devorando. Seu cheiro era uma mistura de bebida, cigarro e com toda certeza alguma droga. Soltei-me dela, e fechei a porta, liguei a luz e me aproximei novamente. Verifiquei seus olhos que estavam vermelhos. Fiquei puto com aquilo, como ela podia ser irresponsável daquele jeito?
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A Aposta
RomanceRoberta está no auge de sua vida aos vinte e três anos. È aluna de direito, e com todo o dinheiro de sua família, ela tem tudo para ser um sucesso. Mas por trás de tudo isso há uma mulher muito diferente do que todos esperam, tudo que ela quer é cur...