(Dante) Capítulo 6 - Eu estava perdido.

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Eu me levantei de imediato para que aquela loucura acabasse ali, e fui até o aparador onde meu celular estava para atende-lo, mas quando o peguei a ligação já tinha sido encerrada. Era o meu amigo Enzo, que sem ter a mínima ideia tinha me salvado naquela hora.

Roberta me puxou pelo braço e me virou para que pudesse me olhar novamente, e ao contrário de mim, pelo que dependesse dela as coisas poderiam continuar de onde pararam.

— Que merda esse celular tocar justo agora, mas não tem problema. Podemos continuar de onde paramos.

Eu não sabia bem o que ia dizer, mas precisava encontrar as palavras certas para que ela não ficasse com raiva de mim.

Tudo isso foi muito... precipitado. Não poderia ter acontecido de maneira alguma e...

Ela me olhou completamente indignado e muito, mas muito puta comigo.

È sério isso? Cadê aquele cara que estava comigo até dois minutos atrás? - Perguntou me interrompendo.

— Foi um erro. - Disse simplesmente. — E por favor, não conte isso a ninguém, poderia trazer muitos problemas para mim se alguém ficasse sabendo.

Ela pareceu se irritar ainda mais.

È claro que eu não vou contar a ninguém. Você acha mesmo que eu ia prejudicar você?

Não, claro que, não. Eu... isso... nunca me aconteceu antes. Nunca tive nada com nenhuma das minhas alunas, e pretendo que continue assim. - Falei sério.

Ela estreitou os olhos em minha direção.

— É sério que você vai ficar com esse drama todo? Quando você me beijou, e quando ficou me chupando, não existia professor e aluna, só existiam duas pessoas que queriam muito o que estava acontecendo. E você pode dizer o que quiser, professor Dante, mas o seu amiguinho aí no meio das suas pernas está desmentindo tudo que você está dizendo. Mas quer saber, eu definitivamente não preciso disso. Posso ter o homem que eu quiser pra mim, e vou sair para me divertir ao invés de ficar discutindo com você. - Falou irritada.

Roberta ajeitou a roupa no lugar de forma rápida e foi embora batendo a porta de entrada com força. Puta que pariu!

Ali eu estava parado feito uma estaca sem reação alguma, e com uma ereção que estava acabando comigo.

Me deixei cair no sofá e fiquei ali por um tempo, eu precisava fazer a coisa certa, precisava agir com responsabilidade e não com tesão. Bufei irritado, e meu celular vibrou. Era o Enzo me mandando mensagens, mandei um áudio para ele pedindo que ele me visitasse amanhã, precisava contar para alguém o que estava acontecendo ou eu ia enlouquecer.

*

Eu estava deitado na cama tentando dormir, mas não conseguia de forma alguma. Tudo que vinha a minha mente era Roberta e... Deus do céu! Eu precisava parar de pensar nela, aquilo não ia me levar a lugar algum. Ouvi a campainha tocando e achei que só poderia ser algo da minha cabeça, mas então eu ouvi de novo, e de novo, e não parava. Puta merda, quem estava na minha porta àquela hora da noite? Eu abri a porta às pressas e não tive tempo de ficar surpreso com o súbito aparecimento da Roberta porque ela falou um: Puta merda e se jogou em cima de mim.

Roberta enrolou os braços ao redor do meu pescoço me beijou me devorando. Seu cheiro era uma mistura de bebida, cigarro e com toda certeza alguma droga. Soltei-me dela, e fechei a porta, liguei a luz e me aproximei novamente. Verifiquei seus olhos que estavam vermelhos. Fiquei puto com aquilo, como ela podia ser irresponsável daquele jeito?

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