Ele pegou o celular e o atendeu. Então era esse o barulho que eu ouvi?
Levantei-me e fiquei próxima dele, ele desligou o telefone e respirou fundo.
— Que merda esse celular tocar justo agora, mas não tem problema. Podemos continuar de onde paramos. - Falei, ainda excitada.
Puxei-o pelo braço para que ele ficasse de frete para mim. Quando ele finalmente me olhou nos olhos eu logo percebi que não haveria nenhuma chance de aquilo continuar.
— Tudo isso foi muito... precipitado. - Disse ele como se ainda procurasse a palavra certa para dizer. — Não poderia ter acontecido de maneira alguma e...
Eu senti como se tivessem sido jogados milhões de baldes de gelo sobre mim.
— È sério isso? Cadê aquele cara que estava comigo até dois minutos atrás? - Perguntei o interrompendo.
— Foi um erro. - Disse simplesmente. — E por favor, não conte isso a ninguém, poderia trazer muitos problemas para mim se alguém ficasse sabendo.
Aquilo estava começando a me irritar.
— È claro que eu não vou contar a ninguém. Você acha mesmo que eu ia prejudicar você?
— Não, claro que, não. Eu... isso... nunca me aconteceu antes. Nunca tive nada com nenhuma das minhas alunas, e pretendo que continue assim. - Disse sério.
Estreitei os olhos. Aquilo era ridículo, ele teria transado comigo se o celular não tivesse tocado e agora fazia aquela cena toda? Éramos dois adultos ali, caralho! Pra que aquilo tudo?
— É sério que você vai ficar com esse drama todo? Quando você me beijou, e quando ficou me chupando, não existia professor e aluna, só existiam duas pessoas que queriam muito o que estava acontecendo. E você pode dizer o que quiser, professor Dante - Enfatizei para irrita-lo. — Mas o seu amiguinho aí no meio das suas pernas está desmentindo tudo que você está dizendo. Mas quer saber, eu definitivamente não preciso disso. Posso ter o homem que eu quiser pra mim, e vou sair para me divertir ao invés de ficar discutindo com você. - Falei irritada.
Ajeitei minha roupa no lugar, peguei minha bolsa e saí sem olhar para trás.
Peguei o elevador e estava ainda puta da vida com o que havia feito. Ele era um completo imbecil, me beijou no segundo em que eu ordenei, ficou me chupando toda, e me dando beijos que me tiravam o fôlego para logo em seguida ficar dizendo que era tudo um erro? Quem ele pensava que era? Não sabia se o que ele tinha dito era verdade será que aquela era realmente a primeira vez que ele ficava com uma aluna, ou ele dizia aquilo para todas apenas para se fazer de inocente? Eu não sabia dizer qual era a verdade, mas o que eu sabia é que eu não achava que ele estava se fazendo de inocente só para logo em seguida me levar para a cama, eu não via aquela maldade nele. Mas o problema é que mais uma vez eu ia ficar excitada para nada, mas naquela noite eu ia transar com alguém nem que fosse a última coisa que fizesse na vida.
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A Aposta
RomanceRoberta está no auge de sua vida aos vinte e três anos. È aluna de direito, e com todo o dinheiro de sua família, ela tem tudo para ser um sucesso. Mas por trás de tudo isso há uma mulher muito diferente do que todos esperam, tudo que ela quer é cur...