(Dante) Capítulo 9 - Viciado nela.

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Abro os olhos e a luz do sol entra tímida no quarto, ergo o braço procurando por Roberta, mas só sinto os lenções gelados, sento-me na cama e olho pelo quarto, mas ela não está em lugar algum. Será que ela voltou para o quarto durante a madrugada? Mas tínhamos combinado que ela ficaria em meu quarto.

Não se preocupe, eu não fujo, o único que faz isso é você. - Ouço ela dizer.

Ela sorria, e usava minha camisa, que novamente ficou muito melhor nela do que em mim. Sorri de volta para ela.

— Não vou fazer isso mais, pode ter certeza. Eu fugi tantas vezes porque sabia bem que eu não ia querer ter você na minha cama apenas uma vez. É como você disse ontem, me viciei em você também.

Ainda bem! Pensei que aquele drama todo ia começar novamente.

Eu me levantei peguei minha cueca que estava pelo chão e a coloquei no lugar. Andei até onde ela estava e a segurei pela cintura.

— Nada de drama. Somos dois adultos aqui, e acho que podemos fazer isso funcionar sem que ninguém perceba.

Ela assentiu.

— É, mas não começamos muito bem, estou com medo de alguém desconfiar, nós saímos basicamente juntos da festa. - Disse ela.

Dei de ombros despreocupado.

— Bem se desconfiarem paciência, depois vejo o que faço, mas não quero pensar nisso agora.

Concordou com a cabeça.

— Você tem toda razão, nada de pensar nisso agora. - Falei enrolando os braços em seu pescoço.

Colei sua boca na minha e começamos aquela manhã de maneira perfeita.

*

Roberta saiu de meu quarto e aproveitei para tomar um banho. Eu sentia como se tivesse tirado um peso enorme das costas. Fiquei a ignorando durante o mês todo, e agora percebia que nada daquilo tinha valido a pena. Não adiantava fugir, de uma forma ou de outra íamos acabar juntos em alguma noite. Eu fui extremamente teimoso, mas agora via as coisas de maneira clara.

Andei pelo quarto e acabei rindo quando vi os botões de minha camisa pelo chão. Roberta tinha arrancado todos eles. Suspirei lembrando da noite passada, tinha sido maravilhosa, e eu realmente esperava que se repetisse logo. Eu estava me sentindo como um adolescente e não sabia se aquilo bom ou ridículo. Desci para tomar meu café da manhã e minha irmã estava lá junto de nossos pais e a família da Roberta.

— Bom dia a todos.

Eles sorriram e me cumprimentaram, então me sentei e me servi um pouco de café.

Você sumiu ontem, Dante. - Carolina disse baixo para que apenas eu ouvisse.

Pensei naquele milésimo de segundo o que devia responder e falei a primeira coisa que me veio a cabeça.

— Eu não estava me sentindo muito bem. Acabei bebendo além da conta e faz tempo que não fazia isso.

Ela se deu por satisfeita com minha resposta e assentiu.

— Aline ficou interessada em você, se você quiser eu posso te passar o número dela e...

— Não, Carol. - Cortei logo. — Você sabe bem que não estou a procura de ninguém agora, estou focado no meu trabalho.

— Bom dia! - Ouvi a voz de Roberta.

Sorri para ela e ela retribuiu logo.

Roberta se sentou ao meu lado, e se serviu de café. Tentei não olhar muito pra ela para que ninguém ficasse pensando coisas sobre nós dois. 

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