A Aposta

Capítulo 26 - Erros.

Eu estava chocada. Era o meu pa... quero dizer, era o Eduardo e a Verônica! Eu não estava crendo no que meus olhos estavam vendo.

— Mas que porra é essa? - Falo olhando para os dois.

Eduardo à solta de imediato ao ouvir minha voz, e Verônica parecia estar sob uso de alguma coisa com toda certeza.

— Você não tem vergonha na cara, não é? De caso com a minha amiga!

Ele revira os olhos e Verônica tenta conversar comigo ansiosa.

— Roberta, se acalma, por favor eu o Eduardo já estamos juntos a algum tempo, eu pretendia te contar e...

— Então isso está acontecendo a algum tempo? Vocês não têm vergonha na cara mesmo.

— Se acalme, por favor, não cometa nenhuma besteira. - Sussurrou Dante.

Senti que ele me segurava pelos ombros, mas me afasto irritada.

— Eu sempre soube que você tinha uma amante, mas a Verônica? Meu Deus, você é amigo do pai dela, sabe o que ele vai fazer com você se descobrir o caso de vocês?

— Nada do que eu faço da minha vida é da sua conta. E o que você está fazendo aqui com Dante? Por acaso está recebendo aulas particulares? - Ele pergunta irritado.

O olhei com tanta raiva que se pudesse teria arrancado sua cabeça. Verônica por outro lado olhou Dante e sorriu de maneira selvagem para mim, eu sabia exatamente o que ela ia fazer, e meu coração gelou dentro do peito.

— Então você que era o professor dela? Você sabia que ela fez uma aposta com a Layla, de que ela ia transar com você? È isso mesmo! Que todas as máscaras caíam hoje! Essa filha da puta está aqui me julgando, mas olha só o que ela já fez, você não é melhor do que eu, querida.

— O que você disse? - Dante pergunta chocado.

Meu coração batia forte no peito. Eu realmente esperava que ele me escutasse, tudo aquilo foi no início de tudo, quando eu nem ao menos desconfiava o rumo que minha vida ia tomar, e que muito menos eu ia me apaixonar por ele.

— Ah, então você não sabe? Pois a Roberta me contou numa noite em que estávamos chapadas que ela tinha apostado com Layla que ia transar com o professor dela. Parece que você conseguiu, não é querida?

Eu não me segurei, bati em seu rosto com toda força. Ela queria se aproveitar de tudo que estava acontecendo para me colocar contra Dante.

— Sua filha da puta, você sabe bem que isso foi a meses atrás, tudo está diferente agora. - Gritei para ela, e então me virei para Dante, ele parecia... bem não sei dizer ao certo, mas havia mágoa em seu olhar. — Dante, me escuta por favor, isso foi a muito tempo, eu juro a você que depois da festa em que teve na faculdade eu desisti de tudo isso, só fiquei com você porque eu realmente queria e...

— Então é verdade. - Foi tudo que ele disse.

— Sim, mas somente no início eu... por favor não me olha assim.

— E como você esperava que eu olhasse? Como queria que eu me sentisse?

Uma facada em meu coração teria doído menos, mas ele não tinha direito algum de falar aquelas coisas para mim, tudo bem que eu o que eu tinha feito foi bem mais grave, mas ele também mentiu para mim, e não foi só uma vez.

— Você não pode me julgar, também mentiu para mim, Dante.

Ele sacudiu a cabeça e riu sem humor algum.

— Eu definitivamente não quero conversar com você agora. Depois nos falamos.

Ele me deu as costas, e saiu indo em direção ao carro dele. Eu corri atrás, e bati no vidro da janela, mas ele não me olhou, deu ré no carro e saiu do estacionamento rapidamente. Ouvi a risada de Verônica atrás de mim, e decidi sair dali. Um desespero enorme tonou conta de mim, nunca me passou pela cabeça contar ao Dante essa aposta ridícula, foi apenas uma brincadeira entre mim e Layla, e eu logo desisti ao perceber o homem maravilhoso que ele era. Tudo estava errado. Eu estava um caos, e tudo que eu sentia era que precisava de litros de bebidas e muita cocaína. Meu coração batia forte no peito, e eu sentia como se não tivesse controle sobre o meu corpo. Respirava aos trancos. Precisava sair dali eu tinha noção de um lugar que vendia drogas muito próximo, e se eu cometesse a loucura de voltar a usar, seria muito mais difícil de parar.