Depois de encarar a pequena menina por alguns instantes, Atlas abriu a boca para se comunicar com ela.
― Olá, meu nome é Atlas. ― Falou ele com um sorriso no rosto. ― Posso saber o nome da pequena senhorita?
A menina tinha um olhar ainda mais curioso enquanto olhava para Atlas, era como se ela estivesse tentando entender o que ele estava querendo.
Atlas, percebendo que a menina não estava entendendo nada do que ele estava falando, resolveu ficar quieto e tentar absorver energia do céu e da terra para se recuperar.
Conforme às horas iam se passando a menina ia se aproximando dele. Ela estava extremamente cautelosa, em sua mão direita, estava o galho que ela estava batendo na cobra antes. Ela cutucou Atlas com a madeira como se estivesse testando ele, para ver se ele iria atacar. Atlas não conseguiu evitar e deu uma gargalha em voz alta, essa pequena menina era muito adorável.
Depois de mais algumas horas, Atlas já estava conseguindo se sentar tranquilamente. A pequena menina já tinha perdido completamente o medo dele, e agora estava mexendo no cabelo dele, na orelha, o cheirando. Atlas também estava observando essa pequena menina com curiosidade, ele percebeu que a grande cobra demoníaca á obedeceu antes, e a forma como ela estava tão curiosa com ele, era muito peculiar, quase como se nunca tivesse visto um humano antes, o que o levou a pensar, que ela poderia ser uma daquelas crianças que o seu tio contou nas história que eram abandonadas pelos pais. Poderia este ser o caso desta pequena menina? No entanto, se este for realmente o caso, como ela sobreviveu todo este tempo neste lugar.
Depois de mais algum tempo, Atlas finalmente conseguiu se levantar, ele estava muito curioso para explorar o local, no entanto, ao mesmo tempo ele estava muito preocupado com aquela grande besta demoníaca, ele não tinha como saber se ela era sempre obediente à pequena menina, ou se poderia ataca-lo.
Neste momento, Atlas estava parado de frente para a pequena menina enquanto falava com ela. ― Já que você não fala, provavelmente não tem um nome... ― Comentou ele tranquilamente. ― Eu vou dar um nome para você! Já que você se parece com aquelas pequenas princesas das histórias que os meus tios contavam, seu nome vai ser Elizabeth.
A pequena menina entortou a cabeça para o lado enquanto olhava para ele, protagonizando uma cena adorável. Atlas percebendo que ela não entendeu nada, apontou para ela e falou de uma maneira audível e lenta. ― Elizabeth ― Continuou ele, sempre apontando para ela. ― Elizabeth
― Eliz... Th! ― Repetiu com dificuldade a pequenina.
― Hahaha ― Rindo da cena cômica, Atlas continuou tentando ensinar ela a falar o próprio nome.
Depois de várias rodadas de repetição a menina finalmente conseguiu pronunciar corretamente o seu próprio nome com a sua voz incrivelmente adorável.
― Elizabeth; Elizabeth; Elizabeth ― Repetiu ela várias vezes com um sorriso encantador no rosto.
Apontando para si mesmo, Atlas falou da mesma forma explicativa. ― Atlas
Desta vez a pequena menina acertou de primeira, repetindo de forma correta o nome dele.
Em pouco tempo a menina já estava chamando ele pelo nome e atendendo quando Atlas a chamava de Elizabeth.
― Essa criança aprende extremamente rápido. ― Pensou Atlas.
E assim em meio a brincadeiras para ganhar a confiança da pequena garota e repetições de palavras, um dia inteiro se passou. No dia seguinte, Atlas tinha acabado de acordar quando percebeu que tinha mais frutas para ele. Extremamente curioso, ele chamou Elizabeth para passear, querendo explorar onde a pequena menina tinha conseguido as frutas.
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Corvo Negro
FantasyNascido como escravo, na cidade Cinza, Atlas se viu muitas vezes sendo maltratado por aqueles no poder, em um mundo onde o cultivo marcial prevalece, a força é a lei que reina suprema, apenas os fortes possuem os direitos de falar. Lutando contra o...