Capítulo 9 - Menina Misteriosa

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Depois de caminhar por alguns minutos a menina parou de frente para uma enorme pedra que estava cercada por um conjunto de outras pedras menores. Esticando a mão, ela tocou na lateral da pedra e começou a empurrar. Aquela pedra gigante na verdade, começou a se mover lentamente revelando uma entrada que levava diretamente para o subterrâneo. A menina não hesitou e passou diretamente pela entrada, sendo seguida de perto pela cobra que estava com Atlas em sua boca. A pedra voltou a se mover sozinha cobrindo a entrada que tinha sido revelada momentos antes, apesar da pedra ter se movimentado para abrir e fechar a passagem, nenhum som foi emitido por ela.

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Neste mesmo momento, fora da floresta de pedra, havia um total de cinco pessoas com mantos negros e máscaras de corvos. Eles estavam olhando ao redor como se estivessem procurando por algo.

― Eu não acredito nisso! ― Gritou a pessoa que estava com um machado e uma clava na mão. ― Aquele pirralho desapareceu!

― Depois de tanto esforço para busca-lo, se não o levarmos de volta vai ser realmente uma grande viagem de merda. ― Reclamou o outro membro que portava uma espada.

― Não importa se ele sumiu por vontade própria ou se foi capturado por alguém, a partir do momento em que alguém se inscreveu para fazer o exame de entrada da nossa academia, nós cuidaremos deles. Ninguém, não importa de qual poder seja, tem o direito de tocar em um futuro corvo! ― Falou dominadoramente a pessoa com o arco na mão.

― O irmão sênior Gabriel está certo. ― Comentou a loira que utiliza correntes com lâminas na ponta. ― É melhor fazermos uma busca por todo este local. ― Concluiu a mesma com uma sugestão.

― Sim! Vamos iniciar uma busca agora mesmo! ― Comandou Gabriel, que então continuou. ― Aquele garoto não é normal, conforme a batalha se intensificava ele ficava cada vez mais feroz. Provavelmente foi a primeira vez dele tirando a vida de outra pessoa, mas mesmo assim, seus olhos estavam sem brilho, ele não demonstrou nenhuma reação que uma pessoa comum deveria revelar.

― Eu também notei isso. ― Respondeu o gordão que tinha um enorme martelo apoiado em seu ombro. ― Ele é um bom candidato para se tornar um corvo! ― Concluiu o mesmo com uma gargalhada despreocupada.

― Vamos! ― Comandou Gabriel novamente, que após falar já partiu em uma determinada direção, os outros espelharam seus movimentos saindo em alta velocidade em direções opostas.

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No subterrâneo, a menina estava andando em volta de Atlas como se estivessem em grande contemplação. Ela sabia que ele estava gravemente ferido, apesar de ser uma criança, ela era muito inteligente. No entanto, ela não fazia ideia do que fazer nesta situação.

Ela tinha uma carranca enquanto caminhava em volta dele. Ela tentou acorda-lo, sacudindo-o, bateu no rosto dele com a sua pequena mão, o que causava uma cena muito cômica e bonitinha apesar de ser um momento tenso de vida ou morte.

Neste momento, ela que estava abaixada ao lado de Atlas tentando acorda-lo, se levantou e começou a emitir sons estranhos enquanto apontava para Atlas. A gigantesca cobra que estava ao lado, revelou um olhar de espanto, ele é uma besta demoníaca e possui inteligência, apesar de não entender o que a garota estava dizendo, ele conseguia imaginar a sua intenção.

A garota continuou emitindo sons enquanto tinha uma cara de brava e apontava para Atlas. A cobra olhou para ela e balançou a cabeça, como se estivesse dizendo que não tinha como salva-lo. A menina ficou ainda mais furiosa, ela pegou um pedaço de madeira que estava no chão e saiu correndo em direção a cobra como se fosse disciplina-lo por desobedecer a sua ordem. A cobra percebendo que a garota estava extremamente brava com ele, se virou espantado e partiu em alta velocidade fugindo daquela pequena fera que queria espanca-lo.

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