Assim que Atlas terminou de falar, muitos jovens se levantaram extremamente irritados com a falta de respeito que Atlas estava demonstrando para com o comandante Sul.
― Humf! ― O comandante Sul bufou friamente e depois afirmou. ― Augusto!
Um jovem forte, com uma construção corporal bem distribuída e totalmente vestido com uma armadura saiu do meio das tropas da academia Militar. Em suas mãos, um enorme machado de aparência imponente estava sendo carregado por ele apoiado em seu ombro.
― O que isso significa? ― Gritou Abreu friamente enquanto olhava para o comandante Sul.
― Poderia ter algum significado além do obvio? Ele está aceitando o desafio deste jovem arrogante. ― Enquanto o comandante Sul falava, ele estava friamente encarando Abreu.
― Ele claramente não faz parte dos novos discípulos! ― Afirmou Abreu.
― Você está enganado, ele faz parte dos novos discípulos. A única diferença é que ele não entrou no labirinto por já ter alcançado o reino da energia... ― O comandante Sul continuou, agora em um tom de zombaria. ― Claro, se os corvos forem covardes o suficiente para não manterem sua palavra, é só ele descer e fingir que nada aconteceu.
Ouvindo o comentário sarcástico do comandante Sul, energias começaram a sair do corpo de Abreu enquanto sua aparência se tornava cada vez mais mal-humorada.
― Abreu, acalme-se! ― Afirmou Astrid.
― Para alguém que estava falando arrogantemente momentos antes, precisar que um professor intervenha tão ferozmente... Tudo isso para fugir das próprias palavras, que vergonha.
Assim que essa voz de extrema zombaria soou, atraiu a atenção de todos. Olhando na direção da voz, todos perceberam que era do príncipe Arthur. Aqueles que não tinham entrado no labirinto e não sabiam do confronto anterior, tinham expressões de curiosidade enquanto olhavam o príncipe que estava falando sarcasticamente.
Atlas que estava quieto, olhou para o príncipe e afirmou friamente. ― Traga sua bunda aqui!
No momento em que ouviram essas palavras, todos no local permaneceram em silêncio, até mesmo Abreu e o comandante Sul que estavam trocando farpas momentos antes, estavam agora em silêncio, tentando entender o que estava acontecendo.
― Como se atreve! ― Gritou o servo que estava ao lado do príncipe. ― Um ser insignificante como você... Um escravo querendo desafiar a realeza?!
Ouvindo a palavra 'escravo', Atlas franziu a testa e perguntou friamente. ― Qual o nome desta arena?
O servo sem entender o que Atlas queria e percebendo os olhares de todos focado nele, respondeu. ― Arena de Combate Real
― Qual o propósito dela? ― Continuou Atlas.
― Ela serve para que desafios sejam emitidos entre os jovens cultivadores de todos os poderes.
― Exatamente. Agora me diga, quem te deu permissão para ficar peidando por aqui? ― Atlas estava friamente olhando para o servo.
― Você... ― O servo estava enfurecido com a audácia de Atlas. Mesmo que ele seja um servo, ele representa a família real, ninguém nunca o tinha tratado com tanta falta de respeito antes.
Olhando para o príncipe, Atlas afirmou em um tom de zombaria. ― Para alguém que estava falando tão arrogantemente momentos antes, precisar que um servo intervenha tão ferozmente... Tudo isso para fugir das próprias palavras, que vergonha.
― Você... ― O príncipe ficou completamente enfurecido em ter as próprias palavras jogadas de volta contra ele.
― Claro, se as pessoas da academia Real forem covardes o suficiente para não manterem sua palavra, é só fingir que nada aconteceu. ― Afirmou Atlas em um tom de ainda mais zombaria.
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Corvo Negro
FantasyNascido como escravo, na cidade Cinza, Atlas se viu muitas vezes sendo maltratado por aqueles no poder, em um mundo onde o cultivo marcial prevalece, a força é a lei que reina suprema, apenas os fortes possuem os direitos de falar. Lutando contra o...