Atlas resolveu esperar e observar a situação, para não chamar atenção ele escolheu uma localização mais afastada, mas que o permitiria observar toda a entrada da caverna.
Durante a sua observação, Atlas se surpreendeu ao notar uma grande variedade de pessoas. Observando atentamente, ele chegou à conclusão que essas pessoas não eram do país do Sol!
― De onde eles são?! ― Exclamou.
― Talvez sejam do país do sol, mas de um lugar que não conheçamos. ― Comentou Rebeca.
― Impossível! ― Afirmou Palito. ― Se fosse só uma pessoa até poderia ser, mas um grupo... ― Com uma pausa, ele continuou. ― As academias mais fortes são da capital real, e esses grupos de pessoas que estão entrando são tão numerosos quanto a gente da academia Corvo Negro. Logo, provavelmente não são do país do Sol!
Olhando para entrada, Atlas viu um grupo de 4 pessoas entrando. Este grupo atraiu a atenção dele, pois tinham o tom de pele um pouco mais escuro, usavam roupas com muito pelo e possuíam inúmeras tatuagens.
Depois deste grupo, ele viu um grande número de pessoas entrando de roupas brancas, em seu peito havia uma runa da palavra 'Vento'.
Assim que este grupo de roupa brancas entrou, um grupo com quase o mesmo número de pessoas entrou logo atrás. Sua roupa era de um tom azul claro, e em seu peito havia a palavra 'Nuvem'.
Atlas esperou por um longo tempo e uma vez que a noite caiu, ele se tornou mais atento e esperou até ficar de madrugada para acorda-los. Todos entenderam que isto é Atlas sendo cauteloso, devido ao que aconteceu no labirinto do rei, onde havia muitas pessoas da capital que queriam matá-lo.
Logo, os três jovens e uma pequena menina saltitante partiram em direção a entrada da caverna. Assim que entraram na caverna eles perceberam que não era pequena como aparentava ser por fora. Na verdade, eles até tiveram a sensação de estar descendo, como se tivessem entrando no subterrâneo.
Quando chegaram ao final da caverna, notaram uma espécie de 'buraco' com vários tipos de vegetação cobrindo. Assim que ultrapassaram, notaram que estavam nos arredores de uma densa floresta.
Respirando fundo, Atlas franziu o cenho. Abaixando-se perto de Lizzy, ele sussurrou em um tom em que apenas os dois poderiam ouvir. ― O ar aqui parece familiar?
Olhando para Atlas, Lizzy perguntou. ― O mestre está falando da minha caverna?
― Shiii! ― Sinalizou Atlas colocando o dedo na boca dela. ― Isso mesmo, parece?
Assentindo com a cabeça, ela continuou olhando seriamente para Atlas até ouvi-lo falar novamente. ― Não conte sobre a sua caverna para ninguém!
Ela assentiu novamente e segurou a mão dele.
― Tem marcas de combate aqui! ― Afirmou Palito, que não estava muito distante da dupla.
Escutando-o, Rebeca começou emitir sons para verificar se havia alguém por perto. ― Parece não ter ninguém por perto. ― Afirmou ela.
― Muitas pessoas entraram neste lugar. ― Comentou Atlas. ― Vamos nos mover mais profundamente, as bestas demoníacas aqui são fracas.
Após o comando, o grupo disparou entrando mais profundamente na floresta.
Depois de terem corrido por um tempo, Rebeca gritou. ― Espere!
Todos pararam seus passos apressadamente, afinal, ela é responsável pelo monitoramento devido ao seu espírito marcial.
― Há uma besta demoníaca do tipo águia, e está vindo em nossa direção em alta velocidade.
Ouvindo isso, Atlas comandou. ― Separem-se!

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Corvo Negro
FantasyNascido como escravo, na cidade Cinza, Atlas se viu muitas vezes sendo maltratado por aqueles no poder, em um mundo onde o cultivo marcial prevalece, a força é a lei que reina suprema, apenas os fortes possuem os direitos de falar. Lutando contra o...