Capítulo 37 - Evolução

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Três dias depois, Atlas chegou a uma cadeia de montanha onde havia ficado durante a sua curta jornada no Elo Perdido.

Antes que ele pudesse entrar na caverna uma pequena menina veio correndo em sua direção.

― Mestre!!!

Olhando, Atlas revelou um largo sorriso no rosto. ― Pequena pentelha, o que está fazendo aqui fora?

― Esperando o mestre!

Rindo, Atlas se abaixou para que ela subisse em suas costas. ― Vamos entrar. ― sussurrou ele.

― Hm!

Entrando em uma caverna que estava bem escondida, Atlas se deparou com Rebeca que estava com um olhar perdido enquanto preparava algumas frutas.

Tosse; Tosse.

Ouvindo o barulho, Rebeca que estava perdida em pensamentos rapidamente entrou em postura de combate. Mas quando viu quem estava entrando ela congelou por segundos antes de falar alto e bom tom.

― Atlas! ― Com um suspiro, ela continuou. ― Ainda bem... Pensei que poderia ter acontecido algo.

― Está tudo bem. ― Afirmou Atlas. ― Só demorei três dias pois fiz alguns caminhos para evitar ser rastreado até aqui.

Olhando ao redor e não encontrando Palito, Atlas perguntou com um olhar estranho. ― Onde está Palito?

Com uma expressão de dor, Rebeca murmurou. ― Está no final da caverna.

Percebendo o comportamento estranho, Atlas olhou para ela interrogativamente.

― Ele chegou até mim machucado. ― Continuou. ― Depois disto, se recusou a tomar a pílula de cura e está sentado no mesmo lugar cultivando feito louco.

Coçando a cabeça, Atlas suspirou pesadamente. Quando ele encontrou Palito na floresta ferido e com um olhar desolado, Atlas sabia que Palito havia sido ferido em um lugar muito mais profundo do que seu próprio corpo.

― Quem lidou com a pessoa que estava te perseguindo?

― Quando ele chegou eu já havia matado o perseguidor. ― Respondeu Rebeca.

― Entendo. Vamos dar tempo a ele. ― Comentou Atlas.

Antes que Atlas pudesse continuar conversando, ele ouviu Lizzy.

― Mestre, mestre... ― Exclamou a pequena menina enquanto colocava suas delicadas mãos no rosto de Atlas tentando vira-lo..

― Diga...

― O que é anã? ― Lizzy estava falando seriamente enquanto olhava dentro dos olhos de Atlas.

― É uma pessoa pequena. ― Respondeu Atlas.

― O mestre não está mentindo? ― Questionou.

Atlas balançou a cabeça em forma de negação enquanto continuava olhando para ela.

Com uma expressão de dúvida, ela murmurou... ― Então, sou mesmo uma anã!

― Hahahaha! ― Ouvindo isso, Atlas quase morreu de tanto rir. Até mesmo Rebeca que estava extremamente preocupada com Palito não conseguiu se segurar e gargalhou alto.

Vendo isto, Lizzy deu vários tapas na cabeça de Atlas enquanto reclamava com uma expressão fofa. ― O mestre mentiu pra mim!

― Quando eu menti pra você! ― Reclamou Atlas, que então continuou. ― Onde você ouviu sobre você ser uma anã?

― Aquele feioso que estava correndo atrás de mim, começou a me chamar de anã.

― Hahaha! ― Rindo ruidosamente, Atlas zombou dela. ― Você é mesmo uma anã.

Corvo NegroOnde histórias criam vida. Descubra agora