Três dias depois, Atlas chegou a uma cadeia de montanha onde havia ficado durante a sua curta jornada no Elo Perdido.
Antes que ele pudesse entrar na caverna uma pequena menina veio correndo em sua direção.
― Mestre!!!
Olhando, Atlas revelou um largo sorriso no rosto. ― Pequena pentelha, o que está fazendo aqui fora?
― Esperando o mestre!
Rindo, Atlas se abaixou para que ela subisse em suas costas. ― Vamos entrar. ― sussurrou ele.
― Hm!
Entrando em uma caverna que estava bem escondida, Atlas se deparou com Rebeca que estava com um olhar perdido enquanto preparava algumas frutas.
Tosse; Tosse.
Ouvindo o barulho, Rebeca que estava perdida em pensamentos rapidamente entrou em postura de combate. Mas quando viu quem estava entrando ela congelou por segundos antes de falar alto e bom tom.
― Atlas! ― Com um suspiro, ela continuou. ― Ainda bem... Pensei que poderia ter acontecido algo.
― Está tudo bem. ― Afirmou Atlas. ― Só demorei três dias pois fiz alguns caminhos para evitar ser rastreado até aqui.
Olhando ao redor e não encontrando Palito, Atlas perguntou com um olhar estranho. ― Onde está Palito?
Com uma expressão de dor, Rebeca murmurou. ― Está no final da caverna.
Percebendo o comportamento estranho, Atlas olhou para ela interrogativamente.
― Ele chegou até mim machucado. ― Continuou. ― Depois disto, se recusou a tomar a pílula de cura e está sentado no mesmo lugar cultivando feito louco.
Coçando a cabeça, Atlas suspirou pesadamente. Quando ele encontrou Palito na floresta ferido e com um olhar desolado, Atlas sabia que Palito havia sido ferido em um lugar muito mais profundo do que seu próprio corpo.
― Quem lidou com a pessoa que estava te perseguindo?
― Quando ele chegou eu já havia matado o perseguidor. ― Respondeu Rebeca.
― Entendo. Vamos dar tempo a ele. ― Comentou Atlas.
Antes que Atlas pudesse continuar conversando, ele ouviu Lizzy.
― Mestre, mestre... ― Exclamou a pequena menina enquanto colocava suas delicadas mãos no rosto de Atlas tentando vira-lo..
― Diga...
― O que é anã? ― Lizzy estava falando seriamente enquanto olhava dentro dos olhos de Atlas.
― É uma pessoa pequena. ― Respondeu Atlas.
― O mestre não está mentindo? ― Questionou.
Atlas balançou a cabeça em forma de negação enquanto continuava olhando para ela.
Com uma expressão de dúvida, ela murmurou... ― Então, sou mesmo uma anã!
― Hahahaha! ― Ouvindo isso, Atlas quase morreu de tanto rir. Até mesmo Rebeca que estava extremamente preocupada com Palito não conseguiu se segurar e gargalhou alto.
Vendo isto, Lizzy deu vários tapas na cabeça de Atlas enquanto reclamava com uma expressão fofa. ― O mestre mentiu pra mim!
― Quando eu menti pra você! ― Reclamou Atlas, que então continuou. ― Onde você ouviu sobre você ser uma anã?
― Aquele feioso que estava correndo atrás de mim, começou a me chamar de anã.
― Hahaha! ― Rindo ruidosamente, Atlas zombou dela. ― Você é mesmo uma anã.
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Corvo Negro
FantasyNascido como escravo, na cidade Cinza, Atlas se viu muitas vezes sendo maltratado por aqueles no poder, em um mundo onde o cultivo marcial prevalece, a força é a lei que reina suprema, apenas os fortes possuem os direitos de falar. Lutando contra o...