PRÓLOGO

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Saí do pub bastante transtornado deixando lá todos os nossos amigos, que me olhavam apreensivos com toda essa situação. Você já sentiu aquele amor que machuca? Que t faz mal e você não tem coragem de pôr um ponto final por mero apego a história que já passou?

A chuva estava forte, mas não o suficiente para me impedir de caminhar pelas ruas vazias. Não sei exatamente o que eu sentia naquele momento. Era um conjunto de sensações que fazia minha cabeça martelar a mil.

- Bernardo! – a Paula me chamou, e era praticamente impossível de ouvi-la em meio ao barulho estrondoso da chuva.

- Não! – gritei – Não quero ouvir nada do que você tem a me falar! – parei de andar e olhei para o chão, sentindo que as minhas lágrimas estavam caindo, mas tendo ciência de que elas facilmente seriam confundidas com a chuva que caía no meu rosto.

- Me escuta... – ela alisou meu rosto

-Não! – sussurrei

- Olha pra mim, por favor – ela disse segurando meu rosto – Eu te amo, mas eu não sou a pessoa certa pra você, você merece mais que isso! – ela parou e olhou pra baixo – Se é pra te machucar assim... Eu não posso, vou mudar isso, eu juro, você vai ser muito feliz – ela disse e vi seus olhos brilharem

- O que está escondendo de mim? – perguntei e ela olhou pra baixo – O que você está escondendo? – a puxei pra perto de mim e ela sussurrou algo que eu não entendi – Oi?

- Podemos conversar melhor depois? Está frio aqui – ela disse me dando um beijo rápido – Vai pra casa, cura essa bebedeira, e amanhã conversamos – ela sorriu e se virou indo embora. Eu sabia que não devia deixa-la ir sozinha, mesmo assim, virei para o outro lado e fui pra minha casa.


Ninguém além de vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora