Ficamos lá nos amando, conversando, trocando carícias até de madrugada. Ele havia pensado em tudo, lá havia comida, bebida... Não nos faltava nada! Quando eram umas duas da manhã, nos arrumamos e voltamos pra casa abraçados. A volta foi bem mais simples, e logo chegamos. Estava em total silêncio, deviam estar todos dormindo.
- Amanhã de manhã eu pego a Júlia... – ele disse sorrindo e eu assenti ainda abraçada a ele – Vamos tomar um banho? – ele perguntou alisando meu corpo todo e eu ri
- Vamos!! – disse e fomos. Devo dizer que fizemos amor de novo no chuveiro, e eu estava exausta de tanto que aproveitei a nossa noite. Deitamos abraçados, e não demorou muito pra eu pegar no sono.
Na manhã seguinte acordei me sentindo estranha, eu estava suando gelado e sentia uma dor bem no meu ventre. Era o bebê se manifestando a alguma coisa. Coloquei a mão na minha barriga tentando ficar calma, e a dor foi passando.
- Já acordou? – ele perguntou abrindo os olhos e me olhando
- Uhum...
- Está tudo bem? – perguntou ele sério
- Estou com um pouquinho de dor... Mas vai passar – dei um meio sorriso e ele me beijou
- Se não melhorar você me fala! Pedro trouxe remédios pra dor, tudo certinho – ele disse e eu assenti deitando em seu peito – Esse bebezinho já está dando trabalho! – ele disse sorrindo
- Uhum... A Júlia também deu! Se não desse trabalho não seria seu filho – disse e ele riu
- Está insinuando que eu dou trabalho assim como meus filhos? – ele perguntou
- Que isso, amor... Claro que não! – fui irônica
- Só não te encho de cócegas porque está com dores – ele disse e eu o olhei – Amor... Se você não melhorar me avisa, qualquer coisa a gente volta pra casa e te levo pro hospital! – ele disse super protetor
- Não... Não quero ir pro hospital! Vou ficar bem, só você me dar carinho e eu melhoro – disse me abraçando a ele e ele riu
- Parece que temos uma esposa carente aqui! – ele disse e eu sorri – Tenta dormir amor, vai te fazer bem – ele disse beijando minha testa e com muito custo eu consegui dormir em seus braços.
Narração do Bernardo:
Assim que a Marcela dormiu novamente, fiquei com ela uma meia hora, levantei, tomei um banho, me arrumei e fui pegar a Júlia com a Ana. Eles estavam todos tomando café da manhã e a Júlia estava no carrinho brincando com um bichinho de plástico.
- Cadê a Marcela? – a Ana perguntou
- Ela acordou com dores hoje... Dormiu novamente agora! Vou esperar, caso ela não melhore, e o Pedro não conseguir fazer essa dor parar, vou levá-la no médico! – disse me sentando – Olha quem está aqui, amor – disse pegando a Júlia que riu – Linda do papai – disse a sentando no meu colo e comendo.
- A cachoeira continua uma delícia Be... Devia levar a Ma e a Jú pra nadar lá – a Ana disse e eu sorri
- Pretendo levar mesmo... Aliás, tenho vários planos pra fazer aqui! A Ma só precisa ficar bem – disse
- Mas ela está com muita dor? – o Pedro perguntou
- Ela disse que estava passando... Deve estar tudo bem agora – disse. Tomamos café e ficamos conversando na cozinha
Narração da Marcela:
Eu havia acordado com dores ainda, fui no banheiro, tomei um banho pra ver se a água quente caindo em mim fazia a dor ficar amena. Coloquei um short e camiseta, e quando saí do banheiro a dor foi aumentando muito.
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Ninguém além de você
RomanceMarcela Cardoso é uma garota de 17 anos que foi criada desde que nasceu pela mãe, Jaqueline, e pelos avós maternos, já que fora abandonada ainda quando no ventre de sua mãe, pelo pai, o qual nem chegou a conhecer. Paulistana de carteirinha, sua vid...