Ninguém além de você

CAPÍTULO 13

O sol queimava meu rosto de forma que eu realmente tive que acordar. Sentia meu corpo de maneira diferente, estava meio dolorido e mais sensível. Estava completamente descoberta, exceto pelo lençol fino que alguém, provavelmente o Bernardo jogou em cima de mim, da cintura pra baixo. Estava deitada de barriga pra baixo, deixando minhas costas toda nua. Olhei pro lado e o Bernardo não estava, olhei na cama e vi uma mancha de sangue, que me mandou calafrios pro ventre. Fui sentando e vi uma camiseta do Bernardo jogada no chão, a coloquei e senti seu perfume.

Seu cheiro era bom, e pensamentos me levaram pra noite anterior. Ele conseguiu ser tão romântico e preocupado.

"- Eu também te amo – ele disse sorrindo – Você está bem mesmo? Quer alguma coisa? Um copo de água, sei lá, um suco? – perguntou preocupado e eu neguei com a cabeça não segurando o riso"

Ri ao lembrar dele falando isso e me levantei. Por que minhas pernas estão bambas? E porque minha parte íntima parece mais sensível do que antes? Sensações estranhas... Peguei uma roupa limpa, tirei o lençol sujo de sangue da cama e fui para o banheiro, estava vazio.

Olhei-me no espelho, tentando encontrar outra pessoa, mas... Era eu mesma no espelho. Não cresci, não mudei nada fisicamente, exceto por uma mancha roxa no meu pescoço. Por outro lado, acho que me sentia um pouco mais mulher! Revirei os olhos com esses pensamentos e liguei o chuveiro na água fria. Entrei embaixo da água e arrepiei, estava realmente fria, mas não me importava. Fechei os olhos e molhei o cabelo, era gostosa a sensação de água correndo por mim.

Lavei-me sem pressa, minha pele estava mais sensível, e uma dor aguda também atravessava minha barriga, mas eu estava bem. Desliguei o chuveiro e me sequei, coloquei um short branco e um tomara que caia amarelo, bem justo. Desembaracei meu cabelo, e deixei ele solto para secar naturalmente. Lavei o lençol, com algumas dificuldades, mas consegui, tinham várias manchas de sangue e não achava justo deixar isso para alguém limpar. O deixei enrolado num canto do banheiro. Escovei os dentes e saí do quarto. Procurei no guarda-roupa uma roupa de cama nova e arrumei-a. Sentia-me mais confortável assim.

Estava guardando umas coisas quando o Bernardo entrou no quarto, com uma bandeja enorme de café da manhã. Eu o olhei e sorri, tímida!

- Estragou a surpresa – ele disse colocando a bandeja na cama e vindo até mim – Como você está? – perguntou ele segurando meu rosto entre suas mãos

- Estou ótima – disse sorrindo

- Sem nenhuma dor? – perguntou todo protetor

- Estou bem, amor – disse e olhei pra baixo

- O que foi? – ele perguntou

- Devo ter sido péssima pra você ontem não é? Completamente inexperiente. Desculpa – disse e ele arregalou os olhos em alarme

- Definitivamente não me peça desculpas! Ontem você me entregou o seu bem mais precioso, Ma. Eu quem lhe devo desculpas se fiz algo que te magoou, machucou... Eu que lhe peço desculpas por não merecer esse tesouro que você entregou em minhas mãos – ele disse e eu o beijei. Um beijo lento, que entrelaçava nossas línguas de forma calma e amorosa – Você é inteiramente minha – ele sussurrou e eu sorri

- Sempre serei – disse beijando seu rosto. Olhei para as comidas e me dei conta de como estava com fome mesmo. Sentamos na cama de devoramos a bandeja toda. Havia um pote com morangos, bem grandes. Peguei um e coloquei na boca dele, que mordeu rindo. Em seguida eu comi o resto – Delicioso – disse

- Sim – ele sorriu e eu lembrei da Fernanda, eu não podia mais guardar isso pra mim – O que foi? – perguntou ele

- Amor, eu PRECISO te contar uma coisa. Acho que você vai me odiar por não ter contado antes – disse e ele franziu o cenho