CAPÍTULO 35

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Eu estava em choque, estava chocada. Como elas puderam? Como a Maria pôde? Mas pior que isso... Como ninguém, nunca desconfiou de nada? Meu Deus! Eu estava chocada, de verdade. Eu imaginava que a Fernanda, a Paula... Que elas fossem loucas pelo Bernardo, mas não tão locas ao ponto de fazer de tudo pra me machucar.

- Você destruiu minha vida – a Maria me segurou pelo pescoço tão forte, que eu sentia meu ar faltar. Tentei me soltar, mas eram três contra uma. Tecnicamente impossível tentar me defender.

- Você destruiu sua própria vida, Maria! Não me culpe pela sua desgraça – disse com dificuldade e ela me soltou

- Eu sabia que desde aquela noite em que você me bateu, na casa da Catarina, eu não conseguiria sossegar até acabar com você – ela disse – Como se sente sabendo que seu esposo já dormiu com todas nós! Que ele diz que te ama, que é louco por você, mas ele já fez com todas nós inclusive já fez juras de amor – ela disse. A essa altura, eu não estava preocupada com quantas pessoas o Bernardo já transou, eu queria pegar minhas filhas e sumir dali, não aceitaria elas relando nelas um dedo que fosse. Escutei a Vitória começou a chorar, e todas nós olhamos pro carro. O vidro era um pouco escuro, mas dava pra ter visão total lá dentro – Meu Deus, que duas princesas vocês fizeram – a Maria disse

- Fica longe delas – disse com repulsa

- Cadê as chaves do carro? Quero pegar elas – ela disse e eu ri. Sim, eu tive que rir.

- Não vai entrar, nunca vai pegar minhas filhas – disse séria e ela me empurrou com tudo no chão, me fazendo bater o braço com tudo no chão.

- Você ainda acha que vai tirar vantagem? – ela se aproximou. A Fernanda e a Paula vasculhavam minha bolsa pra pegar a chave e a Maria estava agachada do meu lado, enquanto eu sentia uma dor forte nas costas e nos braços – Acho que vou levar a filha de vocês pra um passeio, igual a Paula fez – ela sorriu alisando meu rosto e eu senti meu coração ficar pequeno

- Não vão relar nela – a empurrei no chão. Quando se tratava das minhas filhas eu tirava força da onde não existia e lutava. Fiz isso com elas desde sempre, não iria fraquejar agora – Você pode fazer o que quiser comigo, eu agüento, com as minhas filhas não! Fica longe delas – pisei com tudo na mão direita dela e ela gritou

- VADIA! – ela disse se levantando com dificuldade enquanto segurava a mão, pra tentar aliviar a dor. Enquanto isso, eu fui até a Fernanda e a Paula e as olhei bem séria. Elas estavam loucas e totalmente desequilibradas.

- Quanto a você, já disse tudo o que você precisava ouvir! Se você fraquejou na sua missão de mãe, eu não farei o mesmo! Fica longe delas – disse olhando pra Paula – E enquanto a você... – quando ia falar escutei um barulho muito forte, me virei pra trás e a Maria segurava uma arma, e havia atirado na minha direção.

- Acha mesmo que estava brincando – ela se aproximou ainda segurando a arma e eu a olhei – E se eu atirasse no carro agora? E se eu matasse as duas? Você entenderia de uma vez por todas que não estou de brincadeira? – ela disse

- Maria, não combinamos isso – a Fernanda disse e ela a olhou

- Tem razão, mas saiba que não vou parar, farei da sua vida a pior desgraça do mundo – ela disse e de repente a Fernanda gritou

- CUIDADO! – ela disse e não deu tempo da Maria se virar, o Bruno a pegou pelo pescoço, a fazendo derrubar a arma no chão

Ele segurava a Maria pelo pescoço com muita força, e ela gritava de dor. Seus olhos minavam uma raiva que nunca vi, sinceramente, nunca vi. Ele chegou a levantar ela do chão de tanta força

Ninguém além de vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora