CAPÍTULO 5

900 24 0
                                    

- Você acha? Jurava que você ia falar que é a Ana – ele disse surpresa

- A Catarina foi a primeira pessoa que soube da gravidez... Nem quando eu e você nos separamos ela deixou de estar comigo, me apoiando. Muito pelo contrário, ela foi quem realmente fez juízo da nossa amizade. E na minha opinião seria a melhor madrinha pra Júlia, embora ela seja meio desmiolada – disse e ele riu

- Ela vai ensinar minha filha e pegar meninos – ele fez careta e eu sorri

- Ela fala, mas no fundo sei que ela vai ensinar os melhores valores a nossa princesa... – disse – O que acha? – perguntei

- Acho que ela vai levar minha filha pro mau caminho – ele disse rindo e eu sorri – Mentira, a Catarina é uma boa pessoa e eu sou suspeito pra dizer, mas amo minha prima. Seria a melhor madrinha para nossa pequena – ele sorriu

- Vou chamar ela pra almoçar aqui com a gente também. Eu, você, o Matt, a Alice, a Ca e o Rodolfo – disse e ele assentiu. Logo que a Júlia dormiu, o Bernardo deitou atrás de mim abraçando nós duas e eu peguei no sono.

Estava escuro ainda quando escutei os berros da Júlia na sala. O Bernardo estava com ela, então levantei o mais rápido que consegui e fui até eles.

- O que foi? – perguntei

- Ela deve estar com dor novamente! – ele disse preocupado e ela só chorava

- Chega! Vou ligar pro Ricardo – disse pegando o telefone. Ele atendeu no terceiro toque – Ricardo?

- Oi Ma...

- Ricardo, preciso da sua ajuda. Eu sei que é tarde, mas a Júlia esta aos berros de cólica, você sabe algum remédio que eu possa comprar? – perguntei desesperada

- Calma Ma, estou indo pra aí – ele desligou. O Bernardo encheu a banheira e deu banho nela, colocamos uma roupa mais quentinha e a campainha tocou. Logo ele entrou com o Ricardo – Oi Ma! – ele disse e eu o abracei

- Oi Ricardo! – sorri – Pode me ajudar com essa neném? – perguntei e ele sorriu

- É normal bebês terem cólica. Só acho estranho porque não era pra ela ter, ela já tem dois meses e nunca havia tido – ele a olhou

- O que é então? – perguntei preocupada

- Quando ela tem pediatra?

- Segunda-feira – Bernardo disse apreensivo

- Vou passar um remédio que vai fazer essa dor passar, mas a pediatra vai especificar o que vocês devem fazer – ele disse e eu assenti. Demos o remédio pra ela, e acho que era muito ruim pois ela cuspia tudo pra fora. Foi difícil fazer ela engolir – Obrigada Ricardo! – disse sorrindo e ele deu um meio sorriso – Precisamos marcar de você vir um dia jantar com a gente. Não é porque ela se foi que não vamos mais nos falar, você ainda é minha família – disse e ele sorriu

- Não tenha dúvidas disso, você é a filha que eu não tive! – beijou minha testa – É só marcar... Bem, vou indo! Tchau Ma, Bernardo... – ele disse e o Bernardo levou ele até a porta. Eu peguei a Júlia no colo e voltei pro meu quarto. A deitei na cama e fiquei brincando com ela, enquanto ela sorria.

- Melhorou é? Até está sorrindo – disse beijando sua barriga e ela resmungou – Linda! – sorri

- Ela está melhor?

- Acho que o banho ajudou, e daqui a pouco o remédio faz efeito – disse e ele deitou a deixando no meio – Vamos dormir, meu amor?

- Vamos! – ele disse sorrindo e eu o olhei

Ninguém além de vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora