CAPÍTULO 33

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- Acho que todos os nossos encontros são predestinados a acontecer no banheiro! – ela disse sorrindo – Você não devia ter falado pro Bruno sobre mim! – ela foi fechando sua expressão pra ódio e colocando a mão na minha barriga.

- Maria! Sai de perto da minha filha! – disse a empurrando com tudo na parede e ela bateu as costas – Eu não tenho medo de você, pelo contrário, estou te poupando pela Júlia! Porque se não fosse ela, nem viva você estava mais. Você contribuiu para a morte da minha mãe, e acredite, uma hora esse luto vai passar, e quando ele passar, eu te mando pro inferno, isso se eles forem te querer lá – disse virando um soco no seu nariz e começou a sangrar – A sua sorte é que estamos em um lugar público, porque se fosse apenas eu e você, a coisa seria completamente diferente! – disse me levantando e indo em direção a mesa que a Ca estava. Inventei uma desculpa e fui pra casa. Não podia mais esconder aquilo do Bernardo. Ele também corria riscos.

Mandei mensagem pra ele dizendo que havia acontecido algo muito sério, e ele me ligou imediatamente.

- O que houve?

- A Maria... Você precisa vir pra casa AGORA! – disse desesperada andando de um lado pro outro

- Marcela, calma, a Júlia...

- Vem pra casa, é sério! – disse

- Ok, já chego – ele desligou. Demorou cerca de dez minutos, e abriu a porta desesperado – O que a Maria fez? – ele me olhou

- No sábado ela me enviou um bilhete, vou pegar pra você ler! – disse indo no quarto e pegando. Ele leu o bilhete atentamente e depois me olhou furioso

- Por que raios você não me contou? – ele gritou

- Não grita! – gritei também

- O que mais vem acontecendo que eu não sei? – ele perguntou

- Quando fomos na lanchonete, eu tive a impressão de que ela estava nos observando... Aí ontem, liguei pro Bruno! – disse prevendo gritos e gritos

- VOCÊ LIGOU PRA QUEM? – ele gritou muito alto e eu me assustei

- Eu precisava saber se ele estava ajudando a Maria a me ameaçar, Bernardo! E ele não está!! – disse tentando o acalmar.

- Claro, e você foi muito esperta em acreditou que o assassino da sua mãe iria te proteger mais do que seu próprio marido, né? – ele me olhou incrédulo e eu senti lágrimas nos meus olhos.

- Ok, esquece – disse indo pro quarto e ele me seguiu

- Esquece nada! Quero que você me conte tudo! – ele disse irritado

- Quando você parar de gritar comigo, e parar de me lembrar que minha mãe foi assassinada, a gente conversa! – entrei no banheiro e tranquei a porta.

- Marcela Cardoso! Abre essa porta – ele batia na porta forte e eu só chorava. Entrei no chuveiro e fiquei lá embaixo até ele parar de bater na porta e a casa ficar em silêncio. Aí saí do banho, me troquei e fui até a sala. Ele estava conversando no telefone, e quando me viu ficou parado. Eu não disse nada, apenas peguei minha bolsa, e a chaves do carro e saí rapidamente de casa – Marcela, a onde você pensa que vai? – ele veio atrás de mim e segurou meu braço

- Me solta! – gritei histérica e ele soltou – Você não é meu pai pra determinar quando eu saio ou não!

- Quando tem uma maluca te ameaçando sou pior que isso – ele disse me pegando no colo e entrando no apartamento.

- Me coloque no chão agora! – disse esperneando e ele me colocou, mas trancou a porta da sala e guardou no bolso.

- Será que podemos conversar, agora? – ele perguntou e me pareceu esgotado

Ninguém além de vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora