CAPÍTULO 9

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- Mãe, estou muito tensa – disse e ela sorriu

- Você é ótima, filha. Vai agradar a sua sogra – ela disse

- Acho que vou me arrumar... Você me leva? – perguntei e ela assentiu. O Bernardo havia se oferecido para me buscar mas como eu estava muito nervosa, o trajeto sem ele seria ótimo para que eu pudesse tentar relaxar, então preferi ir com a minha mãe.

Fui pro quarto, tomei um banho e fui escolher uma roupa pra ir. Acabei escolhendo um short jeans bege, uma camiseta marrom mais claro que o short e um tênis branco. Sim, eu amava usar tênis. Deixei meus cabelos soltos, escovei os dentes e fiz uma maquiagem bem de leve, que desse cor a minha pele branca. Peguei o celular e fui pra sala, minha mãe me olhou sorrindo – Muito ruim? – perguntei

- Está linda – ela sorriu. Levou-me até a casa dele, estava um pouco atrasada, mas nada demais. Despedi-me dela, e foi embora. Toquei a campainha e ele veio até mim. Estava vestido lindamente, com uma bermuda jeans clara e uma camiseta vermelha, e tênis.

- Oi, minha princesa – sorriu e me beijou

- Oi, amor – sorri nervosa

- Relaxa, hoje ela está um amor de pessoa – ele brincou

- Animador – disse irônica. Ele pegou minha mão e me levou pra dentro. Assim que entrei, a Ana veio até mim, estava linda, o que não era novidade nenhum pra ela.

- Oi amiga – me abraçou – Ou melhor, hoje você é minha cunhada – riu

- Oi Ana – sorri e vi uma mulher, entrar na sala. Fiquei de boca aberta, ela era maravilhosa. Esbanjava segurança e ousadia. Tinha olhos verdes bem parecidos com a Catarina, devia ser de família, cabelos castanhos bem escuros com algumas ondas, e nenhuma ruga, acredita? Eu fiquei impressionada. Veio até mim e eu estava assustada, estática, com medo, ela tinha um ar de seriedade.

- Marcela, não é? – perguntou e eu sorri

- Eu mesma – disse

- Miranda, muito prazer – sorriu. Um sorriso tranquilizante, mas que não me convenceu muito.

- O prazer é meu – disse

- Meu filho fala muito bem de você. Sente-se, por favor – indicou o sofá e fomos todos nos acomodar – Não precisa ficar tímida. Afinal, se é minha nora, deve se sentir à vontade a minha presença – ela disse e eu quis morrer naquele instante. Minha timidez nesse sentido era evidente, nunca havia a conhecido e acabo de conhecê-la como minha sogra. É um tanto constrangedor. Concordei com o sorriso – Como se conheceram? – perguntou

- Mãe, qual o objetivo dessa pergunta? – a Ana fez careta e eu ri

- Na escola? – disse sugestivamente e ele sorriu

- É, foi – ele disse todo calmo

- Vocês fazem um casal lindo – ela sorriu – Ah, Bernardo disse que você se interessa por livros – ela sorriu

- Sim. Eu amo ler – disse

- Então espero que goste do meu presente – ela disse pegando uma caixa discreta na mesa de centro – Eu já li e gostei muito – ela me entregou

- Nossa, obrigada – disse abrindo. Vi um livro chamado: "A cidade do Sol"

- Tem uma citação que se faz nele que eu acho interessante – ela disse

- Qual? – perguntei

- "Só há uma coisa na vida que precisamos aprender, e ninguém ensina isso nas escolas. A capacidade de suportar". Acho uma frase linda – sorriu e por um segundo eu parei pra refletir na profundidade daquela frase, fez todo sentido para mim.

Ninguém além de vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora