CAPÍTULO 6

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Bernardo narrando:

- O que você fez? – a olhei com raiva

- Não fiz nada, Bernardo – ela disse com ironia

- Carol, eu te conheço, não mente pra mim! – gritei

- Você sabe da possibilidade da Paula estar viva não sabe?! – ela perguntou e eu fiquei em silêncio – Meus pais estão correndo atrás de tudo o que é possível pra encontrá-la, e aí Bernardo, se a encontrarmos ela vai querer tudo o que é dela de novo – ela disse – Minha irmã da de dez a zero nela, e você sabe disso. E o que eu mais quero é que ela apareça aqui, na sua frente! – ela disse e senti meu rosto queimar de tanta raiva – Você a ama e sabe disso! Ninguém será capaz de te fazer superar – ela riu

- A sua irmã pode aparecer na minha frente a qualquer momento. Ela morreu dentro de mim, e essa é a pior morte que alguém pode ter. Se ela sumiu foi porque ela quis, e não existem motivos que a faça ser vítima, pior que isso, entre ela querer o que era dela e ter novamente, existe uma distância bem grande! Você mais do que ninguém deveria saber que morrer no coração das pessoas é pior do que ser enterrado! – disse ficando bem próximo dela – Sua irmã se foi! – disse com raiva e ela ficou séria

- Os culpados por ela ter sumido você sabe que são vocês todos! Você, seus amigos, sua prima e até a sua irmã, não sabe? – ela disse alterada e a Ana apareceu.

- Repete o que você disse! – ela disse furiosa. Não havia visto a Ana assim há muito tempo.

- Vocês são os culpados por tudo! – gritou e a Ana virou um tapa no rosto dela. Juro que doeu até em mim. A Carol até perdeu o equilíbrio.

- Eu só não bato mais em você agora, porque não desceria ao seu nível. Mas eu que escute você tocando no meu nome pra justificar o desaparecimento da Paula, que eu desço a mão em você até te matar, me entendeu? – ela perguntou puxando o cabelo da Carol

- Me solta! – ela gritou

- Ana, solta ela – disse

- Cala a boca Bernardo. Se você é frouxo pra ficar calado, eu falo por nós dois – ela disse e a jogou no chão – Mas eu quero, eu quero que você fale mais uma vez qualquer coisa que magoe a Marcela, porque se você fizer isso, eu acabo com você Carol. Se eu fosse você, ficava na sua, porque eu sou uma pessoa muito boa, gosto das coisas certas e detesto violência. Mas fica longe da gente – ela disse – E caso sua irmã apareça, peça pra ela ficar longe de nós, também.

- Chega Ana – a puxei

- E ó, dessa vez eu estou avisando, da próxima não aviso mais. Quando estiver toda roxa, vai se lembrar do dia que me conheceu – ela disse – Eu sei o que você disse pra ela ontem, não vai ficar assim – ela disse e eu a puxei pra casa – Me solta! – gritou

- Ana – segurei seu rosto entre minhas mãos – Calma. Respira – disse e ela foi ficando mais calma – Ei, o que foi isso? – perguntei e ela começou a chorar. A abracei – Ana, não precisa estourar, não precisa dar importância ao que ela diz – disse. Fomos pra casa, procurei a acalmar.

- Dói escutar sobre a Paula, ela era minha melhor amiga... – ela disse – A Carol fez a cabeça da Marcela, está tudo de pernas por ar. Be, conta pra ela, conversa com ela sobre isso – ela completou desesperada e eu assenti

- Vou resolver isso – disse respirando fundo.

Marcela narrando:

Depois de tanto pensar, dormi, e quando acordei, já escurecia. Fui até a sala, e minha mãe assistia televisão.

- Até quem fim, bela adormecida – sorriu

- Oi – sorri

- Oi? O que houve? – perguntou

Ninguém além de vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora