CAPÍTULO 29

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Narração da Marcela:

Eu ajudei o Rafael em tudo, e em segredo. O ajudei a amadurecer a idéia do casamento, e com a chegada do bebê só o fez decidir de vez. O ajudei na compra das alianças, e tudo isso em segredo. Eu queria o Rafa bem, queria vê-lo feliz, e tudo o que um dia eu não pude fazer por ele, a Raquel faz, e faz muito bem.

O Bernardo ficou meio bravo quando ele começou a falar sobre a pessoa que ele amava, e eu me senti tão orgulhosa do Rafa por ter esse iniciativa que nem me importei com o ciúme bobo do Be. A Raquel chorou muito, e foi um momento lindo, e somente deles, embora todos estivessem olhando.

- Eu juro que se ele falasse seu nome, arrebentava a cara dele – o Be disse abraçando minha cintura e eu sorri

- Veja bem... Seria tolice se ele ainda me amasse – disse sorrindo – Torço pela felicidade deles! Ainda mais com o bebê agora... Quero que eles sejam felizes – disse rindo e senti uma pontada na barriga

- O que foi? – ele me olhou preocupado

- Nada! Apenas vamos aproveitar nossa noite – sorri. Foi uma noite perfeita, a passagem de ano foi muito boa e os fogos foram magníficos. Todos ficaram com a gente até umas três da manhã e depois foram embora. A Júlia havia caído de sono e estava dormindo a muito tempo, fomos nós dois pro nosso quarto, tomamos banho e deitamos, um de frente pro outro.

- 26 dias – ele disse e eu sorri

- Primeiro ano de muitos meu amor – disse o dando selinhos – Não vejo a hora da Vitória nascer também! Meu Deus, que ansiedade – disse rindo e ele sorriu

- Eu também não vejo a hora e conhecer essa gordinha! – ele alisou minha barriga – Mulheres da minha vida... – ele sorriu. Logo pegamos no sono.

“Eu estava extremamente exausta de ficar andando pra lá e pra cá naquela festa, mas só de ver os olhos encantados da Júlia com cada detalhe, me sentia satisfeita. Se ela estava feliz, meu cansaço era detalhe. Pedi pra que o pessoal olhasse ela por enquanto, precisava de ar, precisava respirar um pouco.

- Está cansada? – o Be perguntou enquanto eu apoiava numa mesa

- Um pouco... Digamos que a Vitória podia nascer já. Não agüento mais essa bolinha me fazendo carregar peso – sorri e ele me deu um selinho.

A festa estava tão linda, toda em rosa e branco, e a Júlia estava se esbaldando, também. Quem corria atrás dela era a Ana e a Catarina. No tamanho da minha barriga, se eu corresse com toda certeza teria a bebê no meio do salão. Mas devo confessar, que observando tudo, nós realmente caprichamos no aniversário da Júlia

- Quer ir pra casa? – ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e eu suspirei

- Se quiser ir, eu assumo no seu lugar, como mãe da Julinha, e esposa do Bernardo, Marcelinha. Tenho mais que certeza que nossas fotos ficarão lindas – aquela voz conhecida disse atrás de nós e sem nem olhar, eu já senti meu ódio aquecer.

- O que faz aqui? – o Bernardo a olhou

- Vim matar as saudades – ela riu – Como vão?

- Sai daqui Paula, sério! – gritei irritada e o Bernardo me segurou

- Não vai passar nervoso com ela! Eu cuido dela, você vai pra lá – ele disse

- Isso, vamos conversar sozinhos amor. Sabemos a onde vamos acabar – ela disse olhando o Bernardo com o desejo e eu senti meu sangue aquecer.

- Não olha assim pra ele – fui pra cima dela e ela me empurrou com tudo no chão...”

- Ahh!! – gritei pressionando minha barriga e o Bernardo acordou apavorado

Ninguém além de vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora