Parte 8 - Capítulo 5

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Antes de começarem, só uma pergunta: Alguém aqui é de Niterói RJ? Ou conhece alguém de Niterói? Ou conhece Niterói? Se a resposta for sim, entra em contato comigo ou só comenta aqui que eu mando mensagem. É urgente! 

Boa leitura!

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– Eu andei olhando no vale. E não que eu já não soubesse, mas esse lugar é muito grande. – Anabel explica. – E há um lugar perto do bosque. Ele daria...

Ele não conseguiu entender o final da frase porque um enorme barulho de vozes se misturando invadiu sua cabeça.

– Isso não vai funcionar. – Mau diz e aperta os olhos para afastar o barulho.

– Não diz isso. – Eric fala com um suspiro.

– Você está bem? – Anabel pergunta para Mau.

– Isso é verdade, e você sabe disso. – Mau diz para Eric, ignorando a pergunta de Anabel. – A população do vale não vai lidar bem com a ideia de morar com os Tecas.

– Eles estão se dando bem com o pessoal da Sociedade. Tem gente querendo visitar a floresta. – Anabel diz.

– Você está querendo comparar as pessoas que protegem o vale a vida inteira com as o povo que massacrou esse lugar alguns anos atrás?

Eric fica imediatamente melancólico. Ele sabia disso também. Por um momento, tudo que houve foi silencio na enorme sala de reunião que os quatro estavam e isso só fez o barulho externo aumentar e Mau apertou os olhos de novo.

– Mas... – Eric começa. – Eles sabem que eu vim dos Tecas e gostam de mim.

– Porque você os conquistou. – Atílio diz. – Fez muito por eles e pelo vale. A ideia de Anabel é simplesmente jogar um povo desconhecido aqui.

– Eu não sou idiota. – Anabel diz. – Sei que não vai ser tão fácil, mas eu preciso trazer aquele povo de volta pra cá. O lugar deles é aqui.

– E a população do vale também pensa que o deles é aqui e que esse povo são apenas assassinos que querem invadir suas terras. – Ele responde.

– Eu disse. – Mau diz, vitorioso.

Anabel coça a cabeça e anda de um lado para o outro. Ela para de caminhar.

– Eles pensam isso porque é o que vocês sempre disseram a eles. Precisamos fazê-los entender que não são as vítimas. A população precisa saber a verdade sobre o que aconteceu.

– O nosso povo tem contado. – Mau diz. – Mas eles não acreditam. Acham que são lendas ou histórias pra assustar.

– Vão acreditar se Atílio contar.

– Não vai ser suficiente. – Eric diz. – Precisamos de indícios. Algo que comprove que isso realmente aconteceu. – Ele encara Atílio. – Você sabe de algo que possa nos ajudar nisso?

– Talvez. – Atílio responde.

– Sim ou não? – Mau pergunta, impaciente.

– Sim, há registros. Cartas, desenhos de como era aqui antes, desenhos da chegada as outras pessoas. Desenhos... da guerra.

– Que maravilha! – Eric diz, animado.

– Mas o que eu quero saber é... será seguro? – Atílio pergunta. – Como esse povo vai reagir? Não vai ter o perigo deles simplesmente matarem meu povo enquanto dormem?

4 - Sobre Meninas e MudançasOnde histórias criam vida. Descubra agora