Parte 10 - Capítulo 1

8.2K 1.1K 1.3K
                                    

"Há uma tempestade se formando e eu estou no meio de tudo e isso toma o controle da pessoa que eu pensei ser, do garoto que eu costumava conhecer. Há uma luz na escuridão e eu sinto seu calor em minhas mãos, em meu coração." - Dean Lewis, Waves

Passando só pra lembrar que aqui é o começo do fim, o começo da última parte desse último livro. Não vou falar muito porque isso tudo vai ficar pros agradecimentos, mas já agradeço a todos de antemão. Já é algo grandioso vocês terem chegado até aqui, principalmente pensando em todas as pessoas que pararam no meio do caminho e de tudo que tiveram que enfrentar. Vocês são incríveis e eu só tenho a agradecer a Deus por tantos leitores maravilhosos.

Postando um pouquinho antes do previsto porque uma leitora que ama muito Heitorina vai viajar e ficar sem internet: Letícia, se eu te pegar na internet depois do meio dia, você vai apanhar. Não esquece que nossas cidades são próximas. 

O que acharam da nova capa? SEJAM SINCEROS. 

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

– Meu bem, o que você está me dizendo é muito grave. – Heitor diz com toda calma do mundo.

– Eu sei! Mas eu tenho certeza quase que absoluta. – Catarina responde, ainda eufórica.

– Eu não posso acreditar nisso.

– Foi ele, Heitor. Seu pai começou tudo isso.

Heitor passa a mão no cabelo, tentando raciocinar. Fazia muito sentido, mas ele não podia acreditar nisso. Catarina estava em pé, do outro lado da mesa, com uma pasta nas mãos, mostrando todas as evidencias, mas ele não podia acreditar.

– Meu pai, um assassino?

– Eu não veria as coisas dessa forma.

Heitor a encara e, pela primeira vez, notou que ela parecia muito animada ao falar disso.

– E que outra maneira haveria de ver isso tudo que acabou de me contar? Catarina, ele matou o próprio pai.

– Ele matou um homem que mandou estuprar a mulher que ele amava. – Catarina diz.

Heitor percebeu que ela parecia muito triste ao falar disso.

– Olha, essa mulher é sua mãe e é normal você se sentir dessa forma. Com desejo de vingança e meu pai, de certo, também sentiu isso.

– Mas eu não estou falando só dela. Estou falando de tudo, tudo que ele fez. Ele passou todos os anos punindo pessoas que maltratavam as outras.

– Não é a forma certa de fazer as coisas.

– Eu sei, ainda é um crime muito grave e a pessoa que continua com eles deve ser punida. – Catarina coloca a pasta na mesa e o encara. – Olha... eu não estou dizendo que o que ele fez foi certo. Só estou falando tudo isso porque eu sei que você sempre admirou muito seu pai e o amou e não acho que deva parar agora.

– Agora parece que é você quem o admira. – Heitor diz, e Catarina não responde. – Estou certo?

– Talvez. O que posso afirmar é que ele não era quem eu pensei que fosse.

– Posso dizer a mesma coisa.

– Isso é tão complicado porque eu sou policial e sei que as coisas não devem ser resolvidas assim, mas, Heitor, você leu esses livros. As coisas eram bem piores naquela época. Eu acho que ele não viu outra saída de mudar as coisas e ele mudou muito as coisas.

4 - Sobre Meninas e MudançasOnde histórias criam vida. Descubra agora