4 - Sobre Meninas e Mudanças

Parte 9 - Capítulo 4

Primeiramente, eu nem iria postar esse capítulo hoje porque aquele postado quarta (da Bella) não era pra ter sido tirado do rascunho. Eu tava editando e, na hora de sair, ao invés de "gravar" coloquei "publicar". Fiquei com muita raiva de mim mesma e só iria postar na terça, mas como muita gente não tá no grupo e vieram me perguntar e não estão entendendo bem as postagens, resolvi explicar: 

Os capítulos finais serão postados toda terça e sexta as 20h ou 21h. Lembram que falei que iria mudar por conta do pessoa de Portugal? Esse horário pra eles vai ser mais ou menos o que era o horário antigo pra nós (00h ou 01h), então acho que fica bom pra ambos. 

Como não deu tempo de terminar de editar o capítulo anterior, eu coloquei a música agora. É muito bonita, se quiserem ver é só voltar. 

Talvez isso console vocês e os acalme: Eu odeio esse capítulo. 

"Existe um segredo? Existe um código? Podemos fazer melhor? Porque estou perdendo a esperança. Diga-me como viver neste mundo, diga-me como respirar e não sentir dor, diga-me porque eu acredito em algo, eu acredito em nós." - James Bay, Us - Part. 1

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                Aurora ajusta os óculos escuros e encara a xícara de café a sua frente. Ele já estava frio e ela teria pedido outro se não tivesse tão enjoada, não iria conseguir ingerir nada. Olhou para o relógio mais uma vez, eram 5 da tarde. Mais 10 minutos de espera e ela iria embora.

– Oi. – Edgar diz, secamente, e senta a sua frente.

O coração de Aurora dispara no mesmo segundo. Ela desviou os olhos dele, não queria encará-lo.

– Obrigado por ter aceitado me encontrar. – Edgar diz e faz um sinal para a garçonete. – Chocolate quente, por favor.

A garçonete se retira, e Aurora podia sentir os olhos fixos nela.

– Por que está vestida como uma foragida?

Aurora se contorce um pouco.

– Meu irmão não sabe que você está aqui?

– Não é nada disso. – Ela responde.

– Então por que você está vestida como uma foragida? – Edgar insiste.

Aurora respira fundo, tira os óculos e o lenço que usava no cabelo que agora estava em sua cor natural. Ela não teve coragem de encará-lo para ver a reação dele, mas um longo momento de silêncio se seguiu.

– Agora é a Thalía. Embora ainda esteja bem diferente do que eu lembrava.

– Não sou duas pessoas. – Aurora diz. – Meu nome é Thalía Aurora Avilar Campana. Só isso.

– Ainda assim, fingiu não ser a Thalía.

– Você não me reconheceu.

– Então a culpa é minha?

– Além disso, eu já queria mudar a cor do meu cabelo. – Aurora diz, mudando de assunto. – Estava cansada do ruivo.

– Meu irmão sabe que está aqui? – Edgar insiste, e Aurora suspira.

– Não, Edgar. O Alexander não sabe que vim te encontrar.

– Foi o que eu pensei. Eu tentei falar com ele primeiro.

– Eu sei, ele me disse.

– E por que aceitou me ver? Eu presumo que não seja apenas pelo prazer de esconder coisas do seu marido, embora você tenha muito.