The Ice Queen

Capitulo 10 - tempos calmos e tempestades

                       Reino Leste

                         ~Camilly~

— Sabe, eu estive pensando em uma coisa.

comecei a falar e a mulher ao meu lado suspirou exasperadamente. Revirei os olhos para o seu jeito ranzinza, nesse exato momento, estávamos eu e Freya deitadas sob sua enorme cama, nuas e cobertas apenas pelo seu fino lençol de seda. Nós estávamos aqui deitadas em completo silêncio por mais de 30 minutos, depois de horas de um sexo incrível, geralmente era assim, sempre que terminavamos, Freya se fechava completamente, ela simplesmente agia como se eu nem estivesse ali. Eu até poderia deixar isso de lado e fazer o mesmo, mas, para o azar da rainha do Leste, eu era uma pessoa irritantemente insistente.

— Sem conversas agora. — resmungou Freya, de mal-humor.

— Como eu estava dizendo — continuei, não me importando com o olhar assassino que ela me lançou —, eu estive pensando que nunca conversamos sobre coisas banais. Sempre é sobre guerras, nosso quase relacionamento complicado, magia, traumas e coisas assim. — compartilhei meu pensamento repentino.

— Não conversamos sobre coisas banais, porque são isso mesmo, banais. — Freya rebateu, como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo. E de fato, era.

Bufei contrariada e me sentei na cama, de frente para ela, segurei o lençol sob o meu peito para cobrir minha nudez. Claro, não era como se a mulher a minha frente não tivesse me visto nua ainda, mas, acho que me enrolar no lençol ao invés de ficar completamente nua na sua frente, sempre seria uma mania minha.

— Vamos lá, Queen, eu quero saber coisas banais sobre você. — pedi, tentando convence-la a sair do seu momento de isolação pós-sexo.

Freya revirou os olhos e se sentou na cama, ela pegou minha camiseta que estava pendurada em um porta-casacos e a vestiu. Um sorriso se abriu em meu rosto por três motivos. Primeiro, porque ela tinha aceitado ter uma conversa banal comigo. Segundo, ela ficava linda vestindo apenas a minha camiseta. E terceiro, eu amava aquela mulher completamente, então, qualquer coisa que a envolvesse já era motivo o suficiente para me fazer sorrir.

— Está bem, me pergunte o que quiser saber. — Freya cedeu, contrariada.

Eu sorri ainda mais e logo procurei alguma pergunta banal e boba para fazer a dama gelada. Fiz uma lista de coisas bobas que eu gostaria saber sobre ela em minha mente.

— Qual é sua comida favorita? 

— Não tenho. — respondeu, secamente.

— Tudo bem. — pensei um pouco — Qual é sua cor favorita?

— Nenhuma.

— Ok. — revirei os olhos — O que você gosta, ou gostava, de fazer no seu tempo livre? — perguntei, já sabendo qual seria sua resposta.

— Sexo. — Freya me encarou com um olhar malicioso, me fazendo suspirar em irritação.

— Você não esta tentando. — repreendi, brava pela sua falta de vontade — Vamos Freya. — choraminguei — Só tente, por favor. Me diga algo que gosta de fazer no seu tempo livre. — ela abriu a boca para dizer algo, muito provavelmente inapropriado, quando eu fui mais rápida e a cortei — Sem ter qualquer teor sexual e erótico. — falei.

— Tudo bem, tudo bem. — se rendeu, me fazendo sorrir — Tem algo, mas eu já não o faço a anos. — falou Freya, parecendo nostálgica.

— Não tem problema. O que é? — perguntei.