Capítulo 13

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Aos poucos vou reconstruindo
Aos poucos tudo volta pro lugar
Escutando a alma dizer que sim
Nesse mundo desatino
Espero a nova rima me encontrar
Nesses versos mudos que eu escrevi

Helena Miller

Kate – Nossa que linda, onde você vai? Pensei que íamos comemorar sua vaga aqui em casa mesmo, ainda mais sendo segunda.

Helena – Amiga, me desculpa mais hoje vou sair com o Éric. Ver a boca dela abrindo em forma do O foi hilário.

Kate – Para tudo, como é que é? Vai sair com meu chefe, onde foi que eu me perdi nessa história toda?

Helena – Longa história amiga, sua culpa por estar tão ocupada ultimamente e cheia de segredinhos.

Kate – Amiga, minha vida está uma confusão só, preciso resolver antes de colocar você nesse barco furado viu.

Kate – Que horas o Éric vai chegar. Mal ela terminou de perguntar a campainha toca e lá estava ele, todo lindo casual.

Nem dou tempo dela falar um A e saio dando um imenso tchau e sigo com ele para o carro, percebo que ele está bem agitado e posso garantir que nervoso.

No carro tentei puxar conversa, mas ele continuava com suas respostas curtas, sim, não e talvez. Meu Deus eu devo estar um desastre, nem me olhar direito o fez, meu coração deu uma leve desanimada.

Éric Dillen

Quando a Helena me convidou para ir no cinema eu fiquei com muito medo, mas resolvi arriscar e enfrentar por ela toda essa merda que é a minha mente, sua felicidade me contagiou e por um momento esqueci do meus temores, porém quando cheguei ao seu apartamento e a vi tão linda e perfeita, sorrindo de forma sincera eu congelei, não sei se ela percebeu, mas eu mal falei e estava contando em silêncio e me esforçando ao máximo para não entrar em pânico.

Vocês devem pensar que nunca estive com uma mulher, mas isso não é verdade, estive com muitas, mas nada sério e sem sentimentos nenhum e nenhuma delas tinha visto como eu realmente era patético, para essas mulheres eu era o CEO perfeito, poderoso, rico e controlador, mas a Helena me viu como sou, um homem cheio de traumas e frágil e isso me deixava mais tenso que o normal, não queria desaponta lá com minhas inseguranças, mas percebi que ficou chateada pela minha pouca interação aos assuntos que abordava.

Já no shopping ela escolheu um filme e enquanto esperávamos a hora que a seção iria iniciar decidimos caminhar e foi ai que o desastre aconteceu.

De repente, as luzes pareciam claras demais, tudo começou a pulsar intensamente e eu fiquei com muita náusea. O desespero tomou conta de todo o meu corpo, era uma luta interna para não ter uma crise e estragar tudo e quanto mais eu lutava contra maior era ansiedade e foi tão grave que eu acabei caindo de joelhos e desmaiando no corredor. Quando eu acordei, eu estava na enfermaria do shopping com os olhos azuis da Helena bem na minha cara e o que vi me deixou arrasado, ela estava com medo e preocupada, me senti um encosto e me levante correndo pedindo desculpas e simplesmente fui embora, deixando ela sozinha, nem tive o trabalho de olhar pra trás.

Cheguei no apartamento arrasado e me tranquei no quarto e adormeci em meio a minha tristeza e desespero, espero que ela me perdoe.

Na manhã seguinte ao pegar meu celular tinha umas 50 ligações e mais não sei quantas mensagens da Helena, eu realmente estraguei tudo.

Só que fui surpreendido ao ler a última mensagem dela – Éric, por favor responde. Não estou brava com você, estou ao seu lado lembra o que combinamos no meu apartamento? Somos amigos. Beijos e fica bem.

Sentei na beirada da cama, apoiando as mãos no lençol e não sabia como reagir, ela sempre me causava isso, eu ficava todo desarmado e não consegui pensar direito, ser gentil era a última coisa que esperava dela depois do que fiz.

Deixo isso um pouco de lado e vou me arrumar, preciso ir a empresa tenho umas três reuniões importantes e não posso ficar aqui, sendo que pelo menos o trabalho eu ainda tenho controle de tudo.

Saindo do elevador dou de cara com a Kate, ela me olha de forma estranha, será que a Helena contou sobre minha crise de pânico? Espero que não, sinceramente não gostaria de ter que mandar a Kate embora.

Kate – Bom dia, Sr. Éric. Diz de forma ríspida, mas educada.

Éric – Bom dia, logo iniciaremos as reuniões, por favor me avise assim que os primeiros chegarem.

Quando vou passar direto para a sala, ela gentilmente estende um caixinha e diz – A Helena pediu para entregar a você.

Fico olhando para a caixa e para a Kate, por um momento me sinto perdido e no automático pego a caixa e aceno com a cabeça e sigo para a minha sala.

Sendo, coloco a caixa sobre a mesa e a olho, é azul com um laço em volta, devagar abro a caixa e vejo um cupcake azul, simples mais conseguiu tirar um sorriso, fez meu coração bater acelerado e tinha um bilhetinho ao lado dele:

Sendo, coloco a caixa sobre a mesa e a olho, é azul com um laço em volta, devagar abro a caixa e vejo um cupcake azul, simples mais conseguiu tirar um sorriso, fez meu coração bater acelerado e tinha um bilhetinho ao lado dele:

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Bom dia, Éric. Fiquei pensando em como fazer um convite para você almoçar comigo hoje, ai indo para a faculdade passei por uma confeitaria e vi esse doce e lembrei de você na hora, simples e tão lindo, parece ser gostoso e dá vontade de ter um todos os dias, como o seu sorriso. Se aceitar meu convite manda um ok que estarei na frente da sua empresa as 12:00. Beijos e um bom dia. Helena

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Acabando de ler o bilhete, olho de novo para o doce e resolvo dar uma mordida e realmente é muito bom, será que os lábios dela tem esse sabor? Aceito seu pedido de almoço? Mesmo vendo meu lado estranho ela ainda está aqui insistindo, e o melhor de tudo sem interesse nenhum a não ser em estar comigo.

Seria justo eu continuar ao seu lado? Aceito o pedido ou não?

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E ai? Façam suas apostas! 

*Sem revisão

O que falta em você? (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora