Quando o passado se torna seu presente e o futuro, um trauma de infância pode destruir a alma de uma criança em definitivo? Essa é a história do Éric Dillen, hoje um homem que tem o poder nas mãos e várias vidas sobre seu comando, mas o que demostra...
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Éric Dillen
No meu apartamento depois do que falei para a Helena me deu um surto de raiva, simplesmente quebrei tudo o que tinha na minha frente, precisava descontar minha frustração de deixa-la, sou um covarde por estar tão assustado com o que estou sentindo, ou melhor como ela me faz eu me sentir.
Para piorar, depois de quebrar tudo eu começo a ter uma crise de pânico e perco novamente a consciência e acordo com a Ana desesperada junto com paramédicos, que merda.
Resolvo não falar nada e fingir que bebi um pouco e me excedi e quebrei tudo em casa, não dei muita trela para as pessoas que me olhavam preocupadas.
Depois que tudo se acalmou pedi que Ana providenciasse a limpeza do meu apartamento, fui tomar um banho e me arrumar, o melhor que tenho a fazer é ir trabalhar e marcar uma consulta com meu terapeuta urgente, meus ataques estavam controlados e agora tudo volta com intensidade dobrada.
Passo pela portaria da empresa, como sempre sou simpático com todos, mesmo que meu dia esteja uma merda, ninguém tem nada a ver com meus problemas e principalmente causados por mim, esse mente perturbada.
Kate como sempre impecável sentada totalmente entretida com seus afazeres e com cuidado a cumprimento – Bom dia, Kate. Acredito que tenho uma reunião daqui a pouco, pode confirmar e me avisar por favor.
Kate – Tudo bem, vou verificar e informo.
Seca, cara de brava, ela não está normal, deve ter tomado as dores da amiga, mas foi melhor assim, antes que a gente se envolva mais, mesmo como amigos, melhor continuar com o controle de tudo e sem sentimentos novos nada muda e evito as crises.
Fechandoa porta da minha sala ao virar tudo se torna em câmera lenta, demoro emperceber que é real e não estou alucinando é a Helena sentada na minha cadeira,linda com aquele olhar de matar, seus cabelos pretos como a noite e eu comcerteza com cara de idiota.
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Depois de passar o susto, me recomponho e tento ser o mais frio possível – O que faz aqui Helena? Achei que havia deixado claro ontem as coisas. E como conseguiu entrar aqui? Se a Kate ajudou será punida.
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Ela cruza a perna, e me dá uma visão bem sexy, ela quer me deixar maluco, um anjo com jeito de diabo, meu Deus.
Helena – Sabe Éric, não culpe a Kate, porque eu sou a única culpada aqui.
Éric – Helena, pensei ter deixado claro ontem nossa situação. Por favor vai embora.
Ela ri e para meu desespero descruza as malditas e belíssimas pernas num movimento bem lento, se o intuito era me hipnotizar conseguiu com louvor.
Caminhando devagarzinho, com aquele vestido vermelho totalmente inapropriado para o horário, como ela veio até aqui? Prefiro nem pensar muito porque o bicho do ciúmes me pegou de jeito.
Estou ainda próximo a porta e cada passo que ela dá em minha direção eu dou um para trás e acabo batendo as costas na porta, ela sem nenhuma timidez cola seu corpo junto ao meu, não tenho tempo de reação e ela fala bem próxima ao meus lábios – Não sou mulher de desistir fácil, sabe a alguns dias atrás eu tinha apenas um objetivo na minha vida e posso afirmar que ainda é o principal, mas com você eu adquiri um novo objetivo e estou gostando bastante dele.
Sim, fiquei sem reação, estou preso entre a porta e ela e seu lábio está próximo ao meu e como se esperasse e desejasse que ela me beijasse e assim a malvada faz.
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Seus braços antes estavam em meu peito agora ela me envolve o pescoço e intensifica o beijo, eu demoro um pouco para tomar uma atitude e que se foda, como se meu corpo tivesse vida própria meus braços envolvem em sua cintura e colabora pra que o beijo fique mais quente, estamos tão juntos, e para me deixar ainda mais louco ela começa a se esfregar em mim, vou perder a cabeça e fazer algo que nunca fiz, sexo no escritório.
Porém eu consigo me controlar, me separo dela e tomo o controle dessa porra toda aqui – Ei, Helena não podemos fazer isso aqui, por favor vai embora.
Sua cara que antes havia um imenso sorriso agora está com uma carranca linda, brava fica mais perfeita, mas preciso afasta-la.
Éric – Helena, vou ser bem claro, não quero ser seu amigo e muito menos ter algum relacionamento amoroso com você, achei que fosse inteligente e se tocaria, mas pelo jeito vou precisar desenhar.
Helena – Sabe, se eu não te conhecesse de verdade poderia sair daqui triste com você, mas fique sabendo que não acredito em nenhuma virgula que saiu da sua boca nesse momento, sei que está com medo e peço que pense bem se realmente quer isso, porque enquanto não sentir sinceridade nas suas palavras eu vou insistir.
Assim ela pega sua bolsa e sai da sala, me deixando sem dar uma resposta digna da sua colocação, me sento chateado e realmente ela me enxerga de uma forma que me assusta, é como se pudesse ver minha alma inteira, aberta como um livro.
Respiro fundo e mando mensagem para o Paulo preciso conversar com ele, a terapia precisa ser iniciada novamente de forma bem intensa, estou me perdendo de novo nesse inferno dentro da minha mente quebrada.
