Capítulo 23

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Desejo que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda exista amor
Pra recomeçar

Éric Dillen

Me joguei de cabeça no precipício, resolvi deixar tudo de lado no momento que a vi ali comigo e me abri, colocando medo, traumas e tudo que me assombra, queria viver cada segundo desse momento com ela, sentir seu corpo junto ao meu, se entregando a mim sem medo e receios, ela é tão divida, inocente e uma devassa, um verdadeiro furacão.

Agora estou eu abraçado com ela, nessa manhã, dormir com uma mulher sempre foi algo tão banal, mas tudo faz sentido, esperava por ela.

Helena – Oi, já acordou?

Dou um beijo em sua testa – Sim, estava te olhando.

Helena – Hum, devo estar horrível. Ela dá um sorriso lindo, até aprece que ela é feia.

Éric – Não mesmo, está linda.

Helena – Que horas são?

Éric – Acho que passou das 9 horas, por que?

Num pulo ela se solta de mim num desespero que me deixa nervoso – O que está acontecendo Helena?

Helena – Éric eu estou muito atrasada para meu ensaio na orquestra, literalmente estou ferrada, o maestro é um amor, mas odeia atrasos, vou precisar de uma boa desculpa.

Éric – Não vai tomar nem café?

Quando percebi ela já estava toda arrumada e parecendo uma louca – Éric, ainda preciso ir para casa me trocar, ou acha que vou com esse vestido?

Éric – Vem, vou te levar o Junior já esta nos esperando, pedi por mensagem.

No carro, Helena parecia realmente nervosa, tensa e eu um bobo admirando sua beleza.

Helena – Me desculpe por estar saindo dessa forma, ontem não estava nos meus planos terminar a noite dessa forma, eu estava com esperança de pelo menos dançar com você e acabei ganhando mais que isso.

Éric – Não precisa se desculpar, na verdade eu sou o problema aqui.

Helena – Se for para falar alguma coisa do tipo, nos não devemos ficar juntos e bla bla bla, nem ouse.

Éric – Helena...

Nem tenho tempo de terminar a frase e ela me puxa para um beijo, e não tem como não retribuir.

Ela perde o folego e fala – Lindo, preciso mesmo ir, mas saindo do ensaio te ligo. A menos que você queira ir me ver ensaiar o que acha? Mudar um pouquinho sua rotina chata.

Resolvo ir com ela, vamos ver o que essa maluca tem em mente, sua loucura pode ser a cura para a minha loucura, afinal ela é de certa forma uma louca feliz e eu sou um louco triste.

Passamos rapidamente no seu apartamento para ela se trocar e seguimos ao teatro onde está acontecendo o ensaio, percebo sua aflição, mas por sorte ela atrasa bem pouco, mesmo assim ao me sentar em uma das poltronas do teatro vejo o tal maestro dar uma bronca discreta nela, mas como sempre concordou com a cabeça e seguiu ao seu lugar, pegando seu violino e se preparando para tocar.

Conforme eles vão se entrosando percebo como cada um se entrega a música sendo entonada é lindo, a música vem me mostrando que ela pode acalmar a alma mais aflita e a Helena tocando me envolve de uma forma única, passamos uma hora e quando ela está terminando de guardar seu violino um cara se aproxima dela de forma bem intima, não gosto disso.

Ele fala alguma coisa e a mesma permanece séria, não dando muita atenção, quando ele a toca a mesma se afasta modestamente e olha em direção a mim, o cara acompanha seu olhar e percebe minha presença.

Algo dentro de mim explode e começo novamente a perder o controle do que estou sentindo, o lugar fica abafado e meus tremores voltam, me levando, preciso sair daqui o mais rápido possível, dou uma ultima olhada para a Helena a mesma percebe que algo está errado e começa a vim em minha direção e o babaca vem junto, desculpa minha menina mais não posso te esperar e simplesmente ando o mais rápido possível para a saída.

Quando estou quase chegando no carro onde meu segurança me espera eu caio e noto um monte de jornalistas que não sei como me descobriram nesse lugar, começam a tirar fotos, os flashes me irritam e começo a ficar sem ar, caído no chão meu segurança vem correndo para me ajudar e logo percebo a presença da Helena ao meu lado, pedindo que eu fique calmo e que tudo ficará bem, que ódio todos viram meu ataque e agora vai ser um prato cheio para a imprensa sensacionalista.

Quando estou quase chegando no carro onde meu segurança me espera eu caio e noto um monte de jornalistas que não sei como me descobriram nesse lugar, começam a tirar fotos, os flashes me irritam e começo a ficar sem ar, caído no chão meu segurança...

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Éric – Helena, não venha junto. Pode ficar, me desculpe.

Helena – Nem venha com essa conversinha de novo, vou com você sim.

Quando vejo já está ao meu lado e o carro em movimento, seguimos para meu apartamento.

O que falta em você? (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora