My Mistake - JK (Duologia)

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Eu não falei nada, Jae me deu um abraço sufocante enquanto dizia como se sentia culpado pois ele era o mais velho e se sentia responsável por mim. Depois, subiu para chamar nosso pai, e eu o esperava sentada no sofá. Eu já ouvia a voz do dele.

-- porque me acordou uma hora dessas? Não sabe que...

Parou de falar assim que seus olhos se encontraram com os meus. Veio até mim e logo fiquei de pé para receber Um caloroso abraço de meu pai.

-- desculpa pai.

Disse com a voz abafada entre seu peito.

-- tudo bem, tudo bem. Você está aqui agora.

Mexeu em meus cabelos e eu me senti bem por ele me compreender desta vez.

-- porém... -- continuou -- agora mais que nunca fique em casa. Vai ficar tudo mais perigoso, aposto que não te libertaram -- neguei -- Ok, eu vou reforçar a guarda -- me apertou -- eu nunca mais vou deixar que isto aconteça.

-- porque... porque não foi me buscar?

-- Não era simples acredite. E se eu falha-se e ele lhe fizesse mal? Eu planejei tanto, mas tive medo de dar tudo errado.

Apenas concordei com a cabeça e contei um pouco do que aconteceu enquanto estava lá. Eu não disse de Jungkook, nem que ao menos Dan tinha um filho.
Depois já cansada. Eu fui até meu quarto, tomei um banho e vesti minhas roupas. Joguei-me na minha cama e por incrível que pareça eu não dormi, minha mente estava distante. Eu não deveria pensar em Jungkook, mas ele iria se explicar.... não pensa!

4 semanas depois, 4 semanas que tudo ainda está ocorrendo normal. Normal eu digo, eu não saio de casa, homens circulam a casa toda, meu pai recebe ligações frequentes de ameaças do Jeon Dan, ele não me diz mas eu escuto. E por fim eu sei que não será fácil esquecer o Jungkook mesmo.

-- Ivy! Ivy!

Meu irmão entrou correndo com uma arma pequena em mãos, eu me assustei pois ele chegou em um leve desespero.

-- oque aconteceu?

Eu, que estava sentada na cama, me levantei de imediato indo até ele.

-- eles estão vindo!

-- eles?

-- Jeon. As ameaças acabaram. Agora é real.

Um frio percorreu minha espinha.

-- temos que sair daqui então -- gaguejei.

-- Não dá tempo. Pegue -- me estendeu a arma.

-- Não, eu não quero.

Recuei. Eu não sabia nada sobre aquilo, eu tenho medo, quero distância completamente.

-- Ivy -- suspirou -- e se alguém... -- eu fiquei séria e sabia que ele não me forçaria a pegar a arma -- ok, fica aqui e eu não vou deixar ninguém subir -- ouvimos carros, muitos carros -- cuidado.

Beijou minha cabeça rápido e desceu escadas abaixo, ele quem deveria ter cuidado.
Andei rápido até o banheiro do meu quarto assim que ouvi um disparo, a casa foi invadida. Me tranquei. Tranquei não, a chave não está aqui, apenas fechei a porta e me encostei na parede esperando que ninguém me procura-se aqui.

Coloquei as mãos na boca e repreendi um grito assim que ouvi a porta do quarto ser aberta. Fechei os olhos com força não querendo chorar. Eles vão me matar.
Segudos agoniantes passaram. Passos vinham cada vez mais perto.
A porta do banheiro foi aberta e eu não acreditei que ele estava ali, usando sua clássica blusa branca acompanhada de jaqueta e calça preta. Essa vai ser minha última visão?

-- sai daqui.

pedi baixo quase em um sussurro, porque eu vi a arma que Jungkook estava em mãos.
Ele não disse nada, apenas se aproximou, segurou em meu pulso e me tirou de dentro do banheiro.

-- por favor Jungkook. Me larga.

Falei com certo medo na voz e ele ainda me encarava.

-- Ivy...

-- esse era seu plano desde o início? -- Revirou os olhos -- eu fui muito ingênua.

Jungkook trincou os dentes ainda me segurando me guiou para trás, eu andava o encarando e quando bati com a cama cai sobre ela de imediato. Eu me sentei rápido, e me arrastei para trás até encostar na cabeceira.
Com medo, eu estava com medo de Jungkook, isso nunca passará na minha mente tempos atrás.

-- dá para me escutar?

Disse alto. Um guarda que provavelmente era da família Jeon apareceu na porta e encarou a cena. Jungkook o encarou e apontou a arma em minha direção. Prendi a respiração.

-- pode ir, desta cuido eu.

O guarda acenou em positivo com a cabeça e saiu.

-- vai me matar? Já esperava.

Falei tentando parecer calma. E ele abaixou a arma.

-- Não está nem destravada.

Tam, tam, taaam.