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Eu encarei Jungkook ainda em choque com suas palavras, por que não sabia responde-lo? Realmente, eu era estupida. O mais velho passou a língua entre os lábios, eu não sabia se ele queria uma permissão ou algo do tipo... eu a daria, sem dúvidas. Se eu não sabia dizer, eu pensei no mínimo em expressar, cheguei mais perto, não tanto, porém o suficiente. E então o maldito celular dele vibrou, fazendo tirar a sua visão de mim para seu bolso, vasculhando alí. Suspirei um tanto decepcionada e olhei para baixo, sentindo minha coragem até então presente sair de mim.

— hm — o encarei, ele estava com o celular em mãos porém me encarava — preciso ir — me deu as costas, mas antes de passar pela porta olhou uma ultima vez para trás — terminamos isso depois.

Ele joga a frase no ar e sai sem mais menos, esse garoto, ele...

— Eu odeio Jeon Jungkook, ODEIO — gritei saindo do banheiro, ao descer as escadas vi que estava sozinha novamente — pelo menos ele levou a Irene junto.

Joguei-me no sofá, disposta a não fazer nada, já devia ser umas dez horas da noite, mas eu não conseguia dormir, não naquele estado, peguei um travesseiro abafando um grito, Jungkook perturbou meus pensamentos, ele me provoca e some, começa um assunto e some... um assunto, se ele não quer me contar sobre, só me resta uma opção. Ignorei o fato de que se passava das dez e resolvi ligar para meu irmão, ele iria esclarecer essa historia agora.

— Alô? — escuto da outra linha — aconteceu algo? IVY? — ele mal me deixou falar, seu tom era preocupado

— calma, você está esperando que algo aconteça? Não me deu nem a chance de falar, precisa explicar isso, porque não é a primeira vez que alguém tem essa reação, o ju..— desisti de falar assim que percebi que falaria o nome dele.

— O Jungkook estava aí? — como assim? Eles viraram amigos agora?

— Estamos falando do mesmo Jungkook? Sabe? O que largou sua irmã e etc? — meu tom era meio que debochado, eu sabia que estávamos sim falando da mesma pessoa.

— Maninha, é que... Eu vou passar para o nosso pai.

— Sua criança, não sabe resolver sozinho? Filho da mãe, arrom..

— Ivy?

— Oi paai

— Você precisa voltar — seu tom era firme, e de certa forma me preocupou... O que eu não sabia?

— Está me preocupando... — disse por fim

— Eu prometo contar tudo quando estiver em Busan — e desligou em seguida sem ao menos me da tchau. Respirei fundo.

Tinha prometido não voltar aquela cidade nunca mais, lá tudo da errado para mim, apesar que esses dias Seul está me deixando louca, lá no fundo eu sei que isso tinha haver com a máfia ou algo do tipo, isso iria perseguir em qualquer lugar, estava no meu sangue, teria que aceitar no fim, já que correr da verdade não estava adiantando o suficiente. Respirei mais pesado ainda, que noite, que vida; estou destinada a isso não importa o quando eu tente ficar longe.

Decidida a enfrentar a loucura que estava sendo mantida em segredo até então, subo para meu quarto e arrumo minhas malas, pensei na possiblidade de pedir a minha única amiga do hospital para que fosse comigo, mas eu já era um alvo fácil, não queria deixa-la exposta a isso também.

Deito na cama, ligando meu celular e mandando um E-mail para a equipe do hospital, pedindo transferência das minhas férias para esse mês, e assim é feito. Assim que fecho meus olhos a porta do quarto é aberta, droga, esqueci de trancar tudo, não vou conseguir chegar nem a Busan antes de qualquer coisa. Quando sento na cama o mais rápido que posso, vejo... Irene?

My Mistake - JK (Duologia) Onde histórias criam vida. Descubra agora