Different Love - TaeKook

CAPÍTULO 24

Boa leitura!!!

Eu tenho certeza que não era de forma consciente, mas depois daquele dia angustiante em que presenciei a pior crise de Jungkook, eu não conseguia ser menos carinhoso com ele e acabei dando-o mais atenção e amor do que já era de meu costume. Mesmo que tenha sido algo apavorante, deprimente e doloroso, e as marcas em meus braços podiam provar tudo isso, eu não podia evitar de querer amá-lo ainda mais do que antes. Parecia que tudo isso serviu como aprendizado. Eu aprendia com cada experiência vivenciada com ele, mesmo que não fosse das melhores, e me tornava uma pessoa melhor para meu namorado, sabendo como entendê-lo e conhecendo cada vertente e faceta dele.

Por isso eu estava agora passando os dedos por entre seus fios de cabelo lentamente, vendo seus olhinhos fechados enquanto apreciava a sensação do carinho, um pequeno sorriso aberto em seus lábios rosadinhos e a respiração tranquila e regular fazendo seu peito se mover de forma rítmica e tranquila.

Eu decorava cada linha de seu rosto, pensando em como seria o fim para mim se o perdesse por qualquer motivo, e depois passava os olhos por todo o seu corpo vestido em uma jardineira jeans, as pernas clarinhas esticadas sobre a grama, a cabeça pousada nas minhas coxas confortavelmente e os dedinhos desenhando padrões irregulares em meus antebraços cobertos por band-aids coloridos, tais como os dele, os raios de sol da tarde passando brevemente através da folhas da árvore na qual estava apoiado no quintal da mansão dos Jeon. Eu não me cansava de apenas observar a gloriosa existência de Jungkook e ficar maravilhado com tudo que fazia parte dele, desde aquele sorriso viciante que nunca deixava seu rosto quando estávamos daquela forma, até o seu pior lado, a parte sombria, que precisava exatamente de mim para se clarear.

Era um dia de aula, mas não havíamos comparecido à escola. Eu não tinha certeza de que poderia exigir alguma coisa de sua mente e disposição depois de uma crise tão severa, e meu chefe e sogro sabia que eu estaria onde seu filho estivesse. Eu não aceitava ficar mais longe dele do que duas polegadas nos últimos dias e aceitaria com resignação cada desconto por faltas no meu contra cheque se isso quisesse dizer que meu tempo foi aproveitado com Jungkook, para que ele ficasse bem e saudável, tanto física quanto emocionalmente.

Foram momentos muito tranquilos os que se seguiram à tempestade. Parecia que nos encontrávamos em uma bolha de amor que não poderia ser interposta por mais ninguém, querendo ter a certeza que o outro estava ali apesar de tudo, que continuávamos bem.Eu me sentia como se estivesse diante de uma obra de arte muito valiosa e impressionante, da qual eu não tinha a capacidade de desviar os olhos. Quando me distanciava de Jungkook pelo tempo que fosse, me sentia sufocado e com o coração apertado, como se ele fosse desaparecer assim que eu não o tivesse diante das minhas vistas. Era uma sensação horrível que só não era mais intensa do que a que a substituía quando eu o encontrava de novo, onde ele se precipitava em minha direção e enlaçava os braços ao redor do meu pescoço, acariciado meu rosto com a sua bochechinha, sussurrando palavras afetuosas no meu ouvido, em uma entonação que só podia demonstrar saudade e alívio, assim como eu também sentia.

Nada me dava mais gosto do que o tocar, fosse segurando suas mãozinhas, ou passando o braço em volta de sua cintura e puxando-o para mim ao sentarmos no sofá da sua casa para assistir qualquer programação banal que o agradasse. Eu sentia uma necessidade imensa de provar de forma sólida que ele estava ali, perto de mim, ao meu lado, compartilhando bons momentos comigo e me permitindo fazê-lo feliz. Eu precisava reafirmar nossa conexão e sentir-nos tão juntos quanto uma pessoa só, duas partes de um todo que se completavam e ficavam falhas quando separadas.

Tracei o contorno do seu nariz esculpido com a ponta do indicador e suspirei, sentindo uma coisa inexplicável dentro do peito. Poderiam ser reações químicas causadas por uma série de hormônios agitados fazendo meu coração esquentar e meu estômago gelar, mas sendo isso ou alguma coisa mais romântica e mística, tudo isso acontecia dentro de mim quando meus olhos caíam sobre o garoto mais que especial que estava deitado em meu colo com um sorriso bobo nos lábios. Ele parecia estar em perfeita paz, comigo, consigo mesmo e com tudo o mais e isso me deixava ainda mais satisfeito. Eu queria que ele sempre pudesse estar assim, livre de seus horrores internos e em harmonia.