CAPÍTULO 36

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Boa leitura!!!



A cada dia que passava meu coração parecia se inflar, se inchar e dobrar de tamanho para caber o que eu sentia por Jungkook dentro dele. Eu sentia meus olhos brilharem sempre que pousavam sobre o garotinho mais lindo do mundo, aquele menininho perfeito que me deixava totalmente feliz e completo.

Me agradava muito que ele se enroscasse em mim daquele jeito especialmente dele, que apertasse os braços com toda a força ao redor do meu corpo e sorrisse de satisfação deixando os dentinhos lindos e salientes à mostra apenas para mim como não fazia com mais ninguém. Me agradava que ele encostasse o seu narizinho no meu e olhasse bem fundo nos meus olhos ao mesmo tempo em que me chamava daquele apelido bobo que colocou em mim e fazia meu coração chacoalhar como folhas secas ao vento. Me agradava ser de Jungkook tanto quanto ele era meu.

Eu pensava sobre essas e muitas outras aleatoriedades que envolviam meu menininho enquanto o olhava de lado vez ou outra e entrelaçava meus dedos entre os seus, balançando nossos braços entre os nossos corpos e sorrindo como um tolo. Era assim que Jungkook me fazia sentir com relação a ele; um completo tolo que tinha perdido a capacidade de pensar coerentemente se ele não estivesse no centro de tudo, que tinha perdido o jeito de fazer qualquer coisa sozinho sabendo que poderia estar fazendo junto a ele, que tinha perdido a capacidade de não me deixar abalar por ele, porque era a sua maior especialidade me deixar completamente abalado. E ele não precisava fazer muito para isso. Bastava apenas que seus olhos grandes se encontrassem com os meus para o meu corpo assumir a consistência de gelatina.

Eu nem mesmo conseguia me importar que algumas das muitas pessoas que passavam por nós nos olhassem desaprovadoramente e desviassem o olhar com repulsa, por que eu tinha bem claro na minha mente que eram todos uns pobres coitados. Eles jamais saberiam o que era sentir aquilo que eu sentia todos os dias quando entrava pela porta da última sala do Bloco III de Rainbow and Flowers e via o meu namorado empenhado em realizar suas tarefas com perfeição. Eles não tinham como saber que meu coração se acelerava bobamente, como se fosse a primeira vez que o estava vendo, e saltava irregularmente dentro do meu peito quase rasgando-o todo. Eles não sentiam o prazer de ser o amor de Jeon Jungkook e nem sabiam como era ter todo o amor, confiança e afabilidade direcionada a eles. Eles não tinham isso e isso me dava pena. Todo mundo deveria ter essa sensação.

De toda forma, eu me sentia exultante, caminhando tranquilamente pelo gramado verdinho e bem aparado da reserva ambiental a qual decidimos visitar naquele dia. Bem, dessa vez eu havia escolhido qual seria o nosso programa e Jungkook me atormentou por dias para que eu dissesse onde o levaria no fim de semana. É claro que foi muito difícil não ceder a ele e contar a surpresa quando ele se pendurou no meu braço e bateu os pezinhos no chão em um ato de birra infantil que me fazia abrir um sorriso contido, e me encarou com os olhos cerrados e um biquinho aborrecido em seus lábios rosadinhos e cheinhos que me davam a imensa vontade de morder e depois beijar. Era muito complicado esconder as coisas dele, justamente porque ele dispunha de todas as armas necessárias para derrubar minhas convicções e talvez me derrubar inteiro também. Às vezes o golpe vinha e eu sequer sabia de onde. Jungkook era um mestre em me ludibriar e convencer, a grande verdade era essa.

Mas dessa vez eu consegui segurar a minha língua que coçava para revelar logo e ver sua expressão animada, ansiosa e satisfeita enquanto ele dava pulinhos no lugar e embolava a barra da minha blusa entre os seus dedinhos clarinhos e delicados, deixando-a totalmente amassada e relaxada, do jeito que minhas roupas passaram a ser desde que começamos a nos envolver de alguma forma. Isso talvez devesse me irritar, mas eu apenas sentia meu rosto suavizar e um sorriso terno se pintar em meu rosto todas as manhãs quando abria o guarda-roupas para escolher uma peça para trabalhar e encontrava todas as blusas nessas mesmas condições. Eu conseguia me lembrar de Jungkook com carinho até mesmo nesses momentos. Ele tinha esse tipo de poder sobre mim. De me acalmar, de esvaziar a minha mente de qualquer estresse ou problemas que viriam a me perturbar, de me revigorar e me deixar cheio de energia mesmo que eu tenha passado a noite anterior em claro estudando. Ele fazia esse tipo de coisa por mim, atuando na minha vida não só como um companheiro romântico, mas também onde eu me apoiava sem ele nem mesmo saber, tirando forças daqueles olhos profundos e daquele sorriso grande e aberto que me fazia respirar fundo e pensar ' Caramba, eu realmente posso fazer tudo se ele estiver aqui para me fazer sentir melhor.'

Different Love - TaeKookOnde histórias criam vida. Descubra agora