Different Love - TaeKook

CAPÍLULO 29

Boa leitura!!!

As coisas funcionavam entre nós dois como se estivéssemos em uma frequência totalmente diferente das outras pessoas. Como tudo o mais era singular em nosso relacionamento, as motivações que nos impulsionavam também poderiam se encaixar nessa definição. Tudo era muito mais profundo do que parecia, mesmo que a situação fosse comum e natural. Era natural que nos envolvêssemos dessa forma, como qualquer casal, mas eu sentia como se fosse muito mais importante para a gente, como se cada pequeno toque, cada sorriso contido, cada suspiro fosse mais especial apenas por sermos nós dois.

Ao olhar para meu namorado eu não conseguia enxergar apenas o prazer que ele poderia proporcionar à mim, nem mesmo o que eu poderia proporcionar a ele. Era mais como uma conexão total, em que atingíamos um novo nível mais significativo e sublime, em que ultrapassávamos o que tínhamos um com o outro como companheiros e íamos além. Como nos tornávamos mais pertencentes um do outro do que já éramos, explorando com adoração pouco a pouco até que não houvesse mais nada a descobrir e, ainda assim, sempre quiséssemos nos aprofundar mais.

Com o coração batendo de forma descompassada e irregular dentro do peito, mantive os olhos atentos e fixos no rosto de Jungkook, que tinha a expressão mais linda e característica dele mesmo, com os lábios entreabertos e os olhinhos redondinhos ainda mais escuros pela escassez da luz, a barraca improvisada iluminada apenas pela pequena lanterna. Meu corpo estava confortável sobre os cobertores, levemente tenso pela expectativa do que meu menino faria a seguir, mas também decidido a transformar toda e qualquer experiência dele nas melhores, em fazê-lo se sentir bem e encobrir com meu amor qualquer ação negativa que já foi direcionada a ele. Queria poder envolvê-lo em uma redoma de afeto e fazê-lo protegido dentro dela, mostrar que agora tudo seria bom, por mais que dramas diários pudessem ocorrer. Que agora eu estava ao seu lado, e faria de tudo para ver seu lindo sorriso aberto, o brilho dos seus olhos que eram como a luz que me guiava e, porque não, lhe dar as melhores sensações que eu fosse capaz se ele assim quisesse e permitisse.

Ele se atrapalhou levemente ao tentar se livrar da minha calça moletom e sorri, não vendo nenhuma forma de não o achar adorável em cada uma de suas ações, por mais que ele estivesse ali, ajoelhado entre minhas pernas, me despindo lentamente e com os olhos repletos de curiosidade. Ele simplesmente era muito fofo em todas as situações. É só que o fato de ele apoiar as duas mãozinhas abertas sobre meus joelhos descobertos, depois de finalmente retirar a peça e atirar em um canto qualquer, e deslizá-las coxa acima enquanto se arrastava para mais perto de mim novamente não me deixava esquecer o peso da situação, sentindo minha pele nua se arrepiar onde quer que a sua me tocasse.

Ele encarou meus olhos, logo voltando a fixá-los na única peça restante, passando a fazer desenhos imaginários com as pontas dos seus dedinhos indicadores sobre minha pele bronzeada, como que ensaiando se a tiraria ou não.

__O que está pensando, amor? - sussurrei, guiando minhas mãos para as suas e as apertando entres meus dedos afetuosamente.

Seus olhos passearam sem pressa alguma por toda a área exposta do meu corpo, parecendo me aquecer levemente ao que demonstravam satisfação com o que via. Havia até mesmo ali uma certa devoção, como se ele se impressionasse e eu queria poder explicar a ele que eu não era impressionante. Que era ele que me deixava maravilhado vez atrás de vez, em todas as circunstâncias.

__O Hyung é m-meu... - murmurou, mas não como uma afirmação egoísta, mas sim como se não fosse possível acreditar naquilo.

E, caramba, como eu era dele! Era mais dele do que de mim mesmo. Eu sentia como se fosse ficar sem chão se o perdesse, como um cachorrinho que é abandonado pelos donos. Perderia a capacidade de pensar coerentemente, de sentir, de amar... Ele me tinha completamente em suas mãozinhas.