Different Love - TaeKook

CAPÍTULO 32

Boa leitura!!!

Não havia nada mais lindo do que o brilhinho que estava presente em seus olhos ao analisar todo o ambiente ao seu redor quando passamos pela porta. A forma que sua boquinha permanecia aberta desleixadamente em surpresa e seus pezinhos se arrastavam pelo piso claro e limpo em direção à grande mesa central onde o imenso bolo estava repousado, me deixava crente que qualquer sensação desagradável que estivesse sentindo havia se esvaído dele completamente, dando lugar à animação que era quase palpável, bem presente em sua expressão.

Meu coração parecia ter se quebrado totalmente quando fui obrigado a assistir uma demonstração de intolerância tão infundada quanto a que passamos. Me doía ver que éramos julgados errados e culpados apenas por amar. Que não importava para aquele tipo de pessoa se meu coração se acelerava como um trem bala ao ver Jungkook diante de mim. Que graças a ele eu me esforçava para melhorar a cada dia como ser humano. Que eu fazia de tudo para seu sorriso estar sempre aberto, deixando ainda mais encantadora suas expressões carregadas de inocência e simplicidade. Me doía saber que as pessoas tinham dentro de si uma ausência tão grande de empatia, que não fazia diferença para elas o quão feliz nós estávamos. Que elas conseguiam transformar em suas mentes ignorantes uma coisa linda, como o nosso amor, em algo odioso.

Mas esses pensamentos foram perdendo força em minha cabeça depois que Jungkook sorriu tão bonito e passou a ponta do dedinho indicador sobre a superfície lateral do bolo, capturando uma pequena quantidade do chantili rosado. Me derreti completamente e nem sequer pensei em o repreender por isso, vendo-o levar o dedinho à boca e lamber o doce, feliz.

Eu estava também muito orgulhoso naquele momento, quando ele aceitou os cumprimentos de todos os presentes sem demonstrar qualquer desconforto. Jungkook não se afastou ou se encolheu ao receber tapinhas nas costas de Jin nem quando Yoongi bagunçou seus cabelos negros, o parabenizando individualmente. Ele apenas sorriu de forma comedida, mostrando sua timidez, mas não teve nenhuma inclinação a fugir da situação e isso me deixou completamente satisfeito. Meu menino estava tão, mas tão bem!

Não havia música na pequena comemoração. Jungkook não se dava muito bem com música, talvez pelo fato dos "sons entrarem em sua cabeça e o deixarem confuso" de acordo com o que havia me dito certa vez em que tentei lhe mostrar minhas canções preferidas de um grupo que estava fazendo bastante sucesso no momento e me cativava completamente com suas mensagens. Mas eu não fiquei chateado por não poder compartilhar isso com ele, e apenas senti muito por ele ainda não poder apreciar uma coisa tão incrível.

Os convidados então se despojaram por todos os assentos disponíveis na sala de estar e desataram a comer, conversando assuntos aleatórios em um tom de voz tranquilo para que Jungkook permanecesse totalmente confortável. Observei Seokjin se sentar ao lado de Namjoon e repousar as pernas por cima das do noivo sentindo-se totalmente à vontade enquanto engatava em um papo descontraído sobre os novos negócios que a empresa de Taeho estava fechando. Namjoon não falava muito e parecia ser mais observador, mas estava sempre a dar algumas opiniões quando esta era pedida enquanto mantinha o braço bem firme ao redor da cintura de Jin. Meu sogro tinha as pernas cruzadas, ocupando a poltrona de um lugar só, levando vez ou outra aos lábios o copo descartável vermelho com refrigerante, parecendo destoar totalmente do ambiente em seu terno caro e bem passado. Hoseok tinha o tronco apoiado sobre as coxas de Jimin e tentava puxar conversa com Yoongi sentado do outro lado do sofá, este que permanecia virado para o lado oposto de braços cruzados e uma expressão emburrada no rosto. Jimin apenas ria e, vez ou outra, soltava um 'Yoongi-ah, não seja assim' e acariciava os cabelos escuros da nuca do rapaz pálido e rabugento. Sujin-Noona não conseguia apenas ficar parada, assim eu a via correndo de um lado a outro a servir todos os outros, até que foi obrigada pelo patrão a se sentar e aproveitar o dia como convidada e não governanta.