Questões de Privacidade - £ (Helena)

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O CARRO PAROU bruscamente fazendo meu corpo se chocar com o de outro caçador de Manhattan que havia vindo em nosso carro para indicar o caminho caso nos perdêssemos, e ele simplesmente riu de leve

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O CARRO PAROU bruscamente fazendo meu corpo se chocar com o de outro caçador de Manhattan que havia vindo em nosso carro para indicar o caminho caso nos perdêssemos, e ele simplesmente riu de leve. Os machucados em sua boca se abrindo mais quando ele sorria.

— Desculpe. – murmurei saindo do carro.

Claire me seguiu, depois Hugh, e quando dei por mim, estávamos na frente de um dos hotéis mais conhecidos de Manhattan. O New York Manhattan Hotel.

Um palavrão foi abafado por uma buzina alta vinda de um dos carros que nos acompanhavam de perto, e Ezra saiu de um deles vindo até nós, sério demais. Tudo bem, eu nem conhecia o cara direito, e o máximo de simpatia que ele havia demonstrado era uma conversa – que eu chamaria de monólogo – tinha sido direcionada a mim.

Não precisamos fazer check-in uma vez que Ezra indicou para nós o elevador e nos entregou as chaves do quarto. Não me importei realmente com quem dividiria o quarto, afinal, estava tão cansada que se ele me deixasse dormir no hall do hotel eu já estaria agradecida.

Parecendo uma morta-viva, andei até o quarto e abri a porta com certa dificuldade, adentrando o quarto escuro e frio. Liguei as luzes claras e lembrei que não tinha nada para vestir depois de um banho quente. Abri os armários do quarto, e não achei nada, mas em cima dos travesseiros que se encontravam repousados em cima da cama king size, pude ver um conjunto de calça e blusa de flanela. Peguei o pijama nas mãos cuidadosamente, e me concentrei em não pular na cama e dormir toda suada mesmo. Joguei a jaqueta de couro que estava usando no chão, sentindo-me muito mais leve.

Fui em direção ao banheiro e liguei o chuveiro, arrancando a roupa e entrando embaixo da água. Um jato gelado foi diretamente em minhas costas, fazendo com que eu despertasse quase que instantaneamente. Algo vibrou em cima de minha calça e identifiquei como sendo meu celular, mas estava toda molhada e não sairia dali por nada. Pelo menos não naquele momento.

Terminei o banho e me troquei. Sequei os cabelos e só então fui ver o que tinha chego em meu celular. Era uma mensagem de um número desconhecido: "Me disseram que o telhado tem uma ótima vista do céu estrelado".

Somente isso. Sem assinatura, sem adeus, e nem nada. Com a curiosidade me corroendo por dentro, peguei minha jaqueta de couro que estava jogada no canto do quarto, e calcei as botas de combate, ainda trajando meu pijama. Eu definitivamente não estava vestida para sair, mas quem se importava?

Sem pensar muito em quem havia mandado a mensagem, segui para o telhado. Eu queria encontrar a pessoa que tinha escrito aquilo, não importava como.

Uma porta surgiu em minha visão quando cheguei, e no topo dela havia um aviso: Acesso ao telhado. Somente pessoal autorizado.

Eu era autorizada, certo?

Respirei fundo e a abri, sendo engolfada por uma lufada de ar fria que batia diretamente em minha face, e abraçava minhas pernas e tronco. Apesar de eu estar usando pijamas, eles eram de flanela, e não tinham sido feitos para serem usados do lado de fora do hotel.

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