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Beijoos,
Ju!
QUANDO ACORDEI PELA manhã, meu corpo estava relaxado como nunca, e por alguma razão, eu não conseguia parar de sorrir. E apesar de ter ficado bastante assustada com todas aquelas vozes em minha cabeça, elas eram reconfortantes e amigáveis de certa maneira. Chegavam a soar até mesmo conhecidas.
Espreguicei-me confortável e levantei, ouvi um farfalhar de papéis na cama, percebendo que tinha levado a carta comigo para cama, e por alguma razão isso só fez meu sorriso aumentar.
Tratei de espantar o sorriso do rosto, e guardei a carta no seu devido lugar. Direcionei-me ao banheiro e fiz toda a higiene matinal demoradamente, nem ao menos ligando para o horário. Fitch não iria abrir a boca para falar nada pra mim depois de ontem, pois ele sabia que estava errado em me privar do caso.
De jeito nenhum eu iria obedecê-lo!
Fitch não conseguia me controlar, e por isso ficava louco de raiva. Ele sabia que, apesar de eu nunca o desrespeitar e nem coisa do tipo, se eu não concordava com algo que ele fazia já ia logo botando nariz no meio.
Nossa relação era... complicada.
E depois dos "quase-beijos" de ontem, minha cabeça só faltava explodir. Eu não estava mais entendendo nada!
Quando já estava trocada, e pronta para sair, algo me fez parar no meio da sala. Tudo estava muito arrumado. A mala de armas estava agora no canto da sala, e não no meio da cozinha, e as minhas várias peças de roupa que antes se encontravam jogadas pela casa, agora estavam empilhadas – e dobradas – em cima da cadeira da escrivaninha da sala. Peguei a bolsa apoiada gentilmente em cima do balcão da cozinha – onde eu definitivamente havia deixado – e procurei o telefone desesperadamente para ligar para Claire, que provavelmente estaria tendo um filho de preocupação por conta de meu atraso.
Como eu já imaginava, ela atendeu ao telefone praticamente berrando.
"Onde você está?"
Ri secamente.
— Muito bom dia para você também, minha querida amiga. — revirei os olhos enquanto falava.
A ouvi rir sem humor algum.
"Ah, que bom humor logo de manhã, Helena! Pelo menos uma de nós está tendo uma manhã agradável o suficiente para fazer piadinhas!" ela gritou essa última parte.
Tive que afastar o telefone do ouvido.
— Ok, qual é o desespero? — perguntei.
Ouvi Claire respirar algumas vezes para se acalmar, e segurei a risada.
"Fitch quer todos os caçadores na empresa às duas horas para uma reunião de emergência." Ela disse.
Enquanto Claire ia me passando todas as informações necessárias, peguei todos os meus pertences – inclusive a bolsa com as armas – e saí de casa, trancando-a. Estava pronta para descer as escadas quando Claire ficou muda de repente, e pude ouvir uma voz do outro lado da linha, ao fundo.
"Com quem você está falando, Claire?" engoli seco.
Aquela voz era muito parecida com a de Fitch.
Me apressei para descer correndo – com certa dificuldade por causa do peso das bolsas nos ombros – e entrei no carro, enfiando tudo dentro dele desajeitadamente.
O celular quase caiu de minhas mãos enquanto eu tentava ligar o carro.
"Ninguém." Ela se apressou em responder, gaguejando.
Quis bater no volante de raiva. Realmente Claire não servia para mentir. Pelo menos não para mim.
"É com Helena?" meu coração só faltou sair pela boca. A voz era realmente de Fitch... E de acordo com meus cálculos eu estaria ferrada se não chegasse antes do horário combinado para a reunião que estava agendada.
Sim, antes.
"Não..." ela deixou a resposta vaga.
Houve um breve segundo de barulhos e uma voz gritou em meus ouvidos.
"Helena?" sua voz era desesperada, e repleta de algo que eu não conseguia ouvir direito. "Precisamos conversar..."
Minha mente parou de funcionar por alguns segundos fazendo com que eu apertasse o botão de finalizar a ligação, e quando percebi o que havia feito, era tarde. Tinha acabado de desligar o telefone na cara do meu chefe!
Eu estou tão ferrada!
Liguei o carro o mais rápido que pude, jogando o celular no banco do passageiro, e dirigi como se não houvesse sinais vermelhos. No percurso eu devia ter tomado pelo menos duas multas por ultrapassar o sinal, mas não me importava. Enquanto eu ignorava o celular tocando alto no banco, tentei concentrar minha mente em qualquer outra coisa que não fosse trabalho. O que era difícil, já que toda a minha vida era baseada em trabalho e só se resumia a isso.
Comecei a fazer listas mentais sobre: "O que fazer depois de ser demitida por desligar o telefone na cara de seu chefe que você quase beijou ontem?", e devo dizer, era muita coisa.
A primeira coisa a se fazer era definitivamente tomar um banho de sol. Eu estava da cor de um palmito, e isso não era uma coisa considerada atraente. A segunda dela era me ajeitar na vida amorosa, se não iria ficar para titia. E a terceira era visitar meus tios em Massachusetts.
Cheguei na empresa, e estacionei o carro mais perto da entrada que era possível, e subi pela escada de incêndio, deixando a mala de armas dentro do carro. Eu estava com tanto medo de estar atrasada, que se pudesse subir com o carro, faria.
Quando abri as portas da escada de incêndio no andar que desceria, minhas mãos suaram, e eu me agarrava na bolsa que estava colada em meu corpo como se minha vida dependesse dela. O corredor estava vazio demais para meu gosto, e até Gretchen, a infeliz secretária de Jeff, o gerente geral de algo que eu não me lembrava no momento, não estava reclamando como sempre. Pelo menos agora ela estava com a cara enfiada nos papéis em cima de sua mesa, e isso me fazia ficar em alerta total tensionar.
A coisa devia estar mesmo feia.
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A Caçadora
Любовные романыHelena Jameson é de fato uma adolescente fora dos padrões. Não tem amigos, não se enturma, e nunca deixa que as pessoas se aproximem demais por causa de seu segredo sombrio. Ela é, na verdade, uma caçadora de criaturas místicas. E estar apaixonada p...