Misterioso - £ (Helena)

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ACORDEI COM A luminosidade que se espalhava pelo quarto, incomodando meus olhos, e gemi cobrindo o rosto

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ACORDEI COM A luminosidade que se espalhava pelo quarto, incomodando meus olhos, e gemi cobrindo o rosto. Uma música irritante me despertou completamente – ou quase -, e tive que tatear a cama em busca do telefone que insistia em tocar.

— O quê? – perguntei sem um pingo de paciência, ainda de olhos fechados.

"Helena? Oh, meu Deus! Ainda bem que está viva!" ouvi Claire do outro lado da linha.

Esfreguei os olhos demoradamente, tentando espantar o sono

— Por que não estaria?

"Ouvimos uma gritaria alta ontem, e depois o telefone ficou mudo. Pensei que algo tivesse acontecido com você."

Lembrei-me de parte da noite de ontem, e percebi que Claire tinha razões o suficiente para estar preocupada comigo. Eu não fazia a menor ideia de como havia ido parar em casa, e nem quem era o estranho que tinha me salvado daquela criatura.

Como diabos ele havia entrado em minha casa?

Olhei para baixo vendo que ainda estava com a roupa da noite anterior, agradecendo mentalmente por ele não ter visto nada além de meus jeans e camiseta.

Abaixei a gola em V da camiseta e pude ver grandes roxos que se acumulava logo em meu peito e costelas. Toquei o lugar, e gemi de dor.

"Helena? Ainda está aí?"

— Sim. – respondi num sussurro.

"O que aconteceu ontem?" Claire perguntou um pouco mais preocupada desta vez.

Sentei na cama e me deparei com um bilhete apoiado na mesinha de cabeceira, com um copo d'água e aspirinas.

Peguei o bilhete com as mãos trêmulas e o abri.

"Tome cuidado da próxima vez. Não vou sempre estar à sua disposição.

"P. F"

Quem diabos era P. F? Seria talvez o nome de meu salvador? E por que ele me deixaria um bilhete?

Várias perguntas rondavam minha cabeça, e a maioria delas eu não tinha certeza se gostaria de saber as respostas. Elas provavelmente seriam muito cruéis e devastadoras, mas mesmo assim era o que eu procurava naquele momento. Eu não conseguiria ficar sem explicações, de maneira alguma.

— E-Eu estava dentro da igreja, e uma coisa apareceu. Ela me machucou e eu pensei que fosse morrer. – ouvi Claire arfar de surpresa do outro lado da linha. — Mas alguém apareceu e simplesmente a fez se despedaçar, Claire. Matou a criatura no meu lugar. – respondi, com um tom de surpresa na voz maior do que esperado.

Houve uma hesitação por parte de Claire, e pude ouvir sua respiração ficar mais carregada.

"E depois disso? O que aconteceu depois, Helena?"

A CaçadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora