Promessas - £ (Helena)

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ENCAREI O QUE PARECIA ser uma mansão de pedra com uma entrada nada amistosa, onde várias fileiras de carros lutavam para conseguir uma vaga mais perto da entrada

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ENCAREI O QUE PARECIA ser uma mansão de pedra com uma entrada nada amistosa, onde várias fileiras de carros lutavam para conseguir uma vaga mais perto da entrada. Sorte minha que eu não me preocupava com esse tipo de coisa. Meu carro estaria em segurança, longe de toda aquela confusão.

Cada vez mais pessoas chegavam, e eu já praticamente me encontrava em cima de Edward, que se remexeu incomodado com meu aperto em seu braço.

— Relaxa, – ele sussurrou se inclinando para mim. – é só uma festa.

Lógico, é só uma festa, repeti suas palavras milhares de vezes dentro de minha cabeça, como se fossem um mantra para me acalmar. O que não funcionou, já que minha mente parecia querer trabalhar à milhões de km/h.

Eu não consigo fazer isso. – murmurei.

Edward me olhou confuso e abaixou o rosto para ficar com os olhos na altura dos meus.

— Está dando para trás agora? No meio de uma missão? – ele gritou comigo. – Isso é brincadeira, Helena?

Me ajeitei novamente, e levantei o queixo.

— Esquece. Isso é bobagem minha. Vamos terminar logo com eles.

Edward sorriu feliz com a minha resposta, e me ofereceu o braço gentilmente para continuarmos andando em direção a entrada, como se nada tivesse acontecido.

Conforme nossa distância da entrada diminuía a sensação de estar sendo observada crescia dentro de meu peito. Já estávamos com as máscaras, e isso, de certa forma, me passava segurança.

— Lembre-se do que Jake disse, em hipótese alguma passe suas informações pessoais.

Assenti não prestando muita atenção em Edward vendo a imagem magnífica à minha frente.

— Meu Deus. – sussurrei.

Edward não se importou em soltar um palavrão ao ver a mesma coisa que eu.

O salão era inteiro iluminado por dois enormes lustres no teto, quase tão grandes quanto meu quarto, vários candelabros enormes eram posicionados estrategicamente em torno do salão, pelas paredes cheias de detalhes dourados que formavam desenhos até encontrarem perto dos lustres. Imagens de anjos, demônios e de santos enchiam o teto que parecia até mesmo côncavo por conta da pintura. Como se não bastasse tudo isso, as janelas tomavam praticamente todas as paredes, enfeitadas com cortinas de veludo vermelho que combinavam com pequenos bancos da mesma cor e tecido, que agora estavam ocupados por várias mulheres vestidas com algo que eu chamaria de "inapropriado". Analisei as pinturas e percebi que, em cada uma delas, havia uma moldura dourada também, preeminente, opulenta.

— Isso é ouro? – indagou Edward, curioso demais.

Eu não sabia o que responder. Se tudo dourado naquele salão fosse ouro realmente, eu não me importaria em pegar uma parte de um dos candelabros para vender no e-Bay.

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