Gente, só agora eu percebi que nunca tinha nem falado com vocês por aqui ahahah Me desculpem!!!
Espero que vocês estejam gostando da história e estejam curiosos sobre o desenrolar dela!!!
Muito obrigada por estarem lendo 'A Caçadora'!
Mil beijos,
Ju!
— TEMOS UM GAROTO muito mal aqui – o demônio falou mais para si mesmo.
Ninguém é pior que você!, quis dizer, mas optei pelo silêncio.
Ouvi um rugido absurdamente alto, e a sombra voou em direção do demônio, literalmente se alojando dentro da criatura, que soltou um grito de desespero. Seus olhos giraram nas órbitas e seus pés começaram a queimar, assim como sua pele se soltar de seu corpo. E de uma hora para outra, a criatura literalmente explodiu. Deixando vestígio de pele em tudo quanto era lugar. A sombra havia sumido também, e o homem que eu tinha permitido a entrada agora corria em minha direção, pronto para me ajudar. Ele não era humano, não poderia ser.
Só pude lhe analisar quando ele chegou bem perto, e só assim pude falar de boca cheia: ele era um pedaço de mau caminho. Tinha as feições bem másculas, maxilar quadrado, barba rala, cabelo sedoso e penteado pra trás perfeitamente, sobrancelhas arqueadas, nariz anguloso e fino, boca fina e rosada, e o que mais me marcou, seus hipnotizantes olhos verdes.
— Você está bem? – perguntou ele me ajudando a levantar, e segurando-me nos braços de uma maneira protetora, me encostando na pilastra atrás de mim.
Não consegui responder nada coerente, por isso somente balancei a cabeça afirmando. Sua beleza era tão estonteante que se tornava algo impossível pensar em qualquer frase que não fosse: "Seus olhos são realmente desta cor?" ou bem pior, como: "Seu cabelo é tão sedoso. Posso tocar?".
Era definitivamente melhor ficar em silêncio e deixá-lo achar que eu era meio babaca e muda do que uma completa louca que tinha uma vontade incontrolável de tocar em seu cabelo.
— Você está bem? – ele me ajudou a levantar e se afastou ligeiramente.
Tudo o que pude fazer foi assentir.
— Prazer, sou Alex Finnik. – o homem estendeu a mão para mim.
Peguei-a sem ter certeza do que sairia de minha boca se eu tentasse proferir alguma palavra, e simplesmente disse com certa dificuldade.
— Helena Jameson. – balancei nossa mãos juntas, de um modo gentil, mas rápido.
Ele me analisou por alguns bons segundos, e apoiou as mãos do lado de minha cabeça, mantendo-me mais ou menos "presa". Não que eu realmente me importasse com isso, é claro. Meu coração começou a ficar mais acelerado do que nunca, e minha respiração falhada.
— Sabe, você é muito bonita. – ele disse sem vergonha alguma.
Eu praticamente sentia seu corpo quente pressionado ao meu.
Murmurei um "obrigada" fracamente, e senti sua mão percorrer a lateral de meu corpo, parando no começo da calça jeans, e enfiando algo no meu bolso da frente. Seu atrevimento era enorme, mas a este ponto, eu já não ligava mais para nada.
Alex encostou os lábios em meu rosto, e fez o trajeto todo até meu pescoço, onde inspirou profundamente, tentando memorizar meu cheiro. Coloquei as mãos em seu ombro o empurrando um pouco para trás, vendo que seus olhos ardiam como duas safiras brilhantes.
— Alex, você deveria ir agora. – sussurrei com uma firmeza que eu desconhecia.
Um sorriso malicioso brincou no canto de seus lábios e Alex focou sua total atenção em meus lábios. Ele retribuiu passando a ponta dos dedos em minha boca, tendo todo o cuidado de não tocar na parte machucada.
Alex franziu o cenho parecendo confuso e olhou para meus olhos.
— Quem fez isso com você?
Sua pupila se dilatou e seu olho agora parecia estar totalmente preto. E por um mero momento, não pude fazer nada além de o encarar. Não conseguia sair de seu abraço, e nem me mexer.
— Não sei. – respondi.
Ele sorriu e seus olhos voltaram ao normal.
— É melhor eu ir agora. Qualquer coisa me ligue. – ele disse apontando para meu bolso.
Peguei o pequeno cartão que ele havia enfiado em meu bolso e li: Alex Finnik, Diretor.
Diretor? Tão novo daquele jeito? Meio impossível, pensei sozinha.
Quando levantei os olhos do papel, Alex já havia sumido de minha vista, deixando a sensação de abandono dentro do peito.
Ouvi alguns barulhos vindos da escada de incêndio e corri para pegar a arma que se encontrava no chão, perto de alguns destroços do que deveriam ser carros de luxo. A carreguei, e fui procurar a origem dos barulhos.
— Por aqui! – ouvi alguém gritar.
Segundos depois pelo menos dez guardas se encontravam no estacionamento comigo, e apontavam suas armas em direção ao meu peito.
— Parada! – um deles gritou.
— Sou eu! – gritei de volta inconformada.
Ouvi as armas serem carregadas, e a voz bruta de Fitch ecoando pelas paredes. Estanquei no lugar assim como todos os outros guardas, e esperei.
— Onde está a maldita criatura? – o ouvi gritar.
Engoli seco e lembrei que eu não havia sido a pessoa a matar aquela coisa.
Quando Fitch entrou no meu campo de visão vi que ele aparentava estar alguns anos mais velho por seu olhar preocupado, e seu cabelo louro lhe caía sobre os óculos fundo de garrafa, e sua barba mal feita dava a impressão que ele havia acordado atrasado esta manhã.
— Fitch, pode dizer a eles que eu trabalho aqui? – perguntei chamando sua atenção.
O que foi completamente inútil, já que sua total atenção agora era focada no pedaço retorcido de metal que havia virado seu carro.
— Meu... Carro. – ele balbuciou.
— Hm... sobre isso... Vamos dizer que as coisas saíram do controle. – sussurrei dando alguns passos para trás.
Ele se aproximou do pedaço de metal e lhe tocou amorosamente, se virando rapidamente para mim com os olhos azuis arregalados de raiva e gritou com a voz grossa.
— Para minha sala agora, senhorita Jameson!
Oh, merda! Belo jeito de começar a minha manhã.
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A Caçadora
RomantizmHelena Jameson é de fato uma adolescente fora dos padrões. Não tem amigos, não se enturma, e nunca deixa que as pessoas se aproximem demais por causa de seu segredo sombrio. Ela é, na verdade, uma caçadora de criaturas místicas. E estar apaixonada p...