Primeira Intriga

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Acordei naquela noite fria de inverno, e fui fechar minha janela, fez calor de dia e agora a noite começava o frio. Assim que fechei, ouvi os barulhos de fogos e motores de grandes motos, e a cidade estava movimentada. Estranho pois nem havia festas e comemorações naquela noite. Me deitei na cama e vejo uma notificação no meu celular, quando vejo e mensagem de Christofer. Chris é meu ex namorado, sinceramente, estava na hora de terminar nossa relação, Chris foi longe de mais me traindo com Peter, e isso eu não perdoo, e o pior é ver ele todos os dias na escola. Chris é meu professor de história geral, onde temos bastantes encontros em aulas. Foi sensacional todo tempo que passamos juntos, ele é um homem especial, mas ele não conseguir esperar o meu tempo, para perder minha virgindade não tem perdão. Mas eu já estava superando praticamente, mas ele não aceitou, e ainda achou que eu nunca ia descobrir isso. 

Acordei naquela manhã com o peso da rotina escolar se abatendo sobre meus ombros. Mesmo cansado, vesti o uniforme obrigatório da escola particular onde estudava, uma imposição que eu detestava profundamente. Afinal, ser filho do chefe da polícia local exigia medidas extras de segurança, e o uniforme era parte disso. Minha mãe, após seu turno no hospital, chegou para me levar até o colégio.

"Oi, meu amor, dormiu bem?", ela perguntou enquanto dirigíamos.

"Sim, acordei um pouco frio durante a noite, mas nada grave", respondi, tentando não demonstrar a tensão que me consumia.

"Papai estava preocupado com você ontem. Disse que Christofer foi até a delegacia procurando ajuda para vocês se reconciliarem", ela relatou, preocupada.

"Não adianta, mãe. Aquele homem simplesmente não aceita", respondi, resignado.

"Se ao menos vocês dois falassem o motivo do término...", ela sugeriu, mas eu sabia que aquela conversa poderia ter consequências graves.

"Se meu pai soubesse, ele mataria Chris", murmurei sombriamente, e o silêncio tenso tomou conta do carro.

Quando cheguei à escola, fui abordado por Ellos, meu amigo próximo.

"Oi, amigo!", ele saudou.

"Oi", respondi, tentando disfarçar minha ansiedade.

"O Sr. Wilk vai distribuir as equipes para o trabalho de hoje. Você tem ideia com quem vai ficar?", ele perguntou, referindo-se ao apelido que os alunos usavam para se referir a Chris.

"Não faço a mínima ideia", respondi sinceramente, temendo o que estava por vir.

Na sala de aula, Chris já estava presente, impecável em seu terno, cumprimentando a todos com um sorriso educado enquanto entravam. E assim começou mais um dia de aula.

Após cinco longas aulas, chegou o momento temido: a aula de educação física. Eu sempre desejei ter uma desculpa para evitar essa aula, como fingir estar menstruado. No vestiário, enquanto trocava de roupa, encontrei os meninos do terceiro ano ainda por lá. O capitão do time de futebol se aproximou.

"Jack, venha cá, as princesinhas do terceiro ano estão presentes", ele zombou, provocando risos dos outros.

"Filip, já não tem algo melhor para fazer?", perguntei, cansado das provocações constantes.

"Nos deixe em paz. Isso já está ficando chato", interviu Ellos, defendendo-me.

"Eu sei, mas é divertido. Jack, está na hora de você dar uma chance ao time", provocou Filip.

"Do que está falando?", perguntei, perplexo.

"Toda a escola sabe que terminou seu relacionamento com o Professor Wilk. E todos sabem que Jack sempre teve uma queda por você", Ellos comentou, trazendo à tona um assunto delicado. Jack, apesar de ser um rapaz bonito, era imaturo e muito próximo da minha idade, características que eu não apreciava em meus relacionamentos. O problema era que meu pai gostava muito de Jack e incentivava nossa proximidade. Minha mãe também era amiga íntima da mãe dele, mas eu acreditava que não deveria me envolver com alguém que não me despertasse interesse.

"Jack, desculpe, mas não estou interessado em me envolver agora", expliquei a ele, esperando que ele entendesse minha posição. Ele abaixou a cabeça em desapontamento, enquanto Filip tentava consolá-lo.

Quando as aulas terminaram, dirigi-me à porta da escola para esperar meu pai. Logo avistei sua caminhonete, e ele desceu para me cumprimentar.

"Oi, filhote, como foi a aula hoje?", ele perguntou, notando minha expressão.

"Bem, como sempre", respondi brevemente.

"Parece meio triste, filhote", ele observou com preocupação.

"Ah, é normal, pai", tentei minimizar meus sentimentos.

"Não é não. Prefiro ver você sorrindo, assistindo TV na sala. Ultimamente, você tem passado muito tempo trancado no quarto", ele expressou sua preocupação paterna.

"Só quero passar por essa fase logo", murmurei, desviando o olhar.

"Vou te levar para almoçar. Não tem ninguém em casa", ele ofereceu, tentando animar-me.

"Eu mesmo faço minha comida, pai", recusei, não querendo prolongar a interação.

"Tem certeza?", ele insistiu.

"Sim, estou cansado de comer em restaurantes", justifiquei.

Meu pai me deixou em casa e seguiu para o trabalho. Liguei para minha mãe e descobri que ela estava visitando minha avó, que não estava passando bem. Depois de almoçar sozinho, retornei ao escritório para estudar. Após algumas horas de estudo intenso e um cochilo rápido, fui despertado por ruídos estranhos.

Investiguei os sons e, ao olhar pela janela da sala, vi uma cena perturbadora: vários carros pretos estacionados em frente à casa do senador, acompanhados por gritos e alvoroço. Decidi fechar as cortinas e subir para o meu quarto, mas os gritos persistiam. Curioso, fui até o quarto do meu pai, que tinha uma sacada com vista para a residência do senador. Ao olhar pela sacada, testemunhei uma cena assustadora: o senador estava amarrado a uma cadeira, cercado por homens encapuzados armados.

Meu Gângster Gay - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora