E o Filho do Senador

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Noa era bem bonito, ele não era tão forte quanto Max e Chris, mas parecia ter o corpo definido, seus olhos bem escuros, com algumas marquinhas em sua testa, um corte que parecia de faca na sua boca o deixava até bonito e tornava um homem misterioso. Ele usava uma camisa branca, uma calça social, e estava sem gravata.

- Agora que está mais calmo vai me dizer o que aconteceu ?

- Criei sentimentos por uma pessoa, e infelizmente não fui correspondido.

- Normal, nesse mundo sempre acontece isso. Principalmente na sua idade. Tem quantos anos Ismael ?

- Tenho 16.

- Não parece, mas você é muito novinho, ainda tem muita coisa se viver.

- Nem parece, tenho tantos problemas que já estou criando rugas.

- Hahahaaha! Tem que parar, se acalmar e viver mais. - dizia Noa todo carinhoso.

- Você sempre trabalhou aqui ?

- Sim! É por que nós do administrativo não temos muita ligação com alunos.

- Assim.

- Venha, vou te levar para sua sala, tem que assistir aula. Acredito que possui sonhos de uma universidade, certo ?

- Sim rsrsrs. - falei, e ficamos rindo. Ele me acompanhou até a sala, tínhamos passado pela garagem da escola onde os mais importante estacionam seus carros, e logo o carro de Max, que reconheci passou cantando pneu.

Meu pai veio me buscar, almoçamos fora e logo que íamos para casa, a rota mudou.

- Aonde vai me levar pai ?

- Vamos na câmara municipal da cidade, preciso falar com o senador, e vou aproveita caminho. Já te levo em casa.

- Tudo bem.

Estacionou o carro, e entramos. Estava muito calmo o local, a câmara fora do tempo da política não havia muito trabalho. Logo meu pai chegou a sala do Senador, e havia mais dois homens com ele,

- Roy Ruffer, querido amigo e vizinho, o que devo sua honra ? - disse o Senador Remmy.

- Já conhecia meu filho Ismael, Remmy ?

- Sim! Já ouvi falar muito dele, e seu extraordinário desempenho escolar.

- Obrigado Senador. - agradeci.

- Então deixe-me apresentar também meu filho, o orgulho de minha vida, e também futuro político. - disse o Senador, ele foi rumo a um dos homens mais novos da sala. Usava um terno vermelho com gravata borboleta, e sorria fartamente. Ele parecia feliz. - Esse é meu filho e futuro governador do estado Edduar.

- É um grande prazer conhecer você Sr. Ruffer, meu pai fala muito bem do Sr. E claro também, não esquecendo de Ismael Ruffer. - disse ele se abaixando para olhar nos meus olhos.

- Com certeza. Estarei realizando um jantar na minha casa nesta noite, e vocês e sua família estão convidados para o jantar.

- Iremos com certeza.

Puta que pariu, meu pai arruma cada uma, arruma um jantar de última hora para fazermos.

- Estaremos aguardando, agora temos que ir, ás 19:00 começamos.

Chegando em casa, super briguei com meu pai.

- Pai, que ideia é essa de arrumar um jantar aqui em casa ?

- Vou receber pessoas importantes, ótimas para nosso futuro e principalmente o seu.

- Por que principalmente o meu ?

- Estou preocupado com você solteiro. Vai que arruma um maloqueiro como aquele vagabundo que encontramos outro dia. Precisa se relacionar com pessoas de seu nível Ismael.

- Credo pai, isso é preconceito sabia ?

- Não. Isso se chama mantimento de status e riqueza.

- Ta me jogando em cima do filho do senador mesmo ?

- Ele é um ótimo rapaz, e já vai concorrer para governador do estado. Não acha isso incrível ? - falou mamãe.

- Eu não acredito! A senhora está concordando com isso ?

- Eu achei ótimo meu filhote. Vai ser bom para você. Além do mais eu já sei que seu ex arrumou outro e deve estar arrasado.

- Vocês não me conhecem mesmo.

Subi para o meu quarto, muito bravo. Henry apareceu, e eu nem dei moral para ele. Assim, que entrei no meu quarto, corri e fechei a minha sacada para não receber surpresas.

Estava muito decepcionado com Chris, Max, com esses homens da minha vida. Precisava ir urgentemente em um psicólogo, para resolver meu problema de stress.

Peguei meu ursinho e caí na cama, comecei a chorar só pensando no que o Max falou para mim. Ele foi muito idiota me propondo aquilo, não fazia sentido, depois de tudo ele só me queria como mais uma de suas propriedades, eu aposto que os outros ele leva em casa depois de sair, leva flores, e eu apenas um brinquedo sexual, que ele usava quando queria. Era difícil aguentar o sentimento, o pensamento de que você foi usado, não tem sentimento pior. Eu peguei meu celular, e logo vi que havia uma mensagem no aplicativo de mensagens instantâneas, e a pessoa estava online. Tinha um emoji de uma carinha triste. Eu mandei mensagem com dois pontos de interrogação, e a o online sumiu e a mensagem não chegou mais.

Naquela tarde, eu dormi um pouco para esquecer, não tinha coisa melhor a se fazer. Dormi por três horas, e quando acordei eu fui me arrumar. Peguei meu celular para escutar música enquanto eu me arrumava, mas logo vi uma outro mensagem do desconhecido. Era um vídeo em que eu estava,

A pessoa gravou entrando pelo quarto enquanto eu dormir, e usava luvas pretas, passou seu dedo por minha coxa, e foi subindo até meu cabelo, enrolou algumas pontos e fingiu puxar, passou o dedo na minha bochecha, e o vídeo acabou.

Eu fiquei com muito medo, muito mesmo, depois do que aconteceu com o negócio de Max, eu acho que ele não iria querer algo mais comigo. Podia até ser outra pessoa, e esses seguranças não servem para nada, só para fingir trabalhar mesmo. E depois daquele vídeo medonho fui me arrumar para o jantar.

Meu Gângster Gay - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora