Problemas com Chris, E a sofrência pós Max

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Meu coração doía bastante. Ele iria me fazer falta, muita mesmo, e não tive tempo nem mesmo de tirar uma foto, ou uma lembrança, daquele que me fez feliz por pouco tempo, mas que foram tempos para eternidade. Eu não conseguia acreditar até agora, que meu homem, quer dizer agora ex homem, me deixou para me proteger.

Eu me levantei do chão molhada, a chuva havia me pegado na minha hora mais sensível. Aquela gotas geladas traziam mais tristeza ainda. Os seguranças deixaram o portão aberto para que eu pudesse entrar. Eu soluçava de ter chorado muito, eu passava a mão em meu rosto, foi tão intenso, saiu pequenas gotinhas de sangue dos meus olhos, eu forcei muito, e como são sensíveis não aguentaram.

Eu fui me arrastando para dentro de casa, não conseguia nem ao menos comer algo, pensar, ou fazer qualquer outra coisa que fosse. Subi para o meu quarto, com bastante dificuldade, e deitei em minha cama. Quando percebi a sua camisa tinha ficado ali atirada no chão, que tinha tirado antes mesmo de eu entrar em meu quarto. Eu peguei aquela camiseta e dormir naquela noite abraçada a ela, eu não podia ficar mais acordado, meu peito doía muito em pensar que perdi um homem daquele.

Até eu dormir, se passaram mil coisas pela minha cabeça, até a parte que ele terminou comigo por ter feito pouco sexo, ou será que foi um sexo ruim ? Também poderia ser que ele começou a me achar feio, não podia terminar com alguém simplesmente pelo fato de proteger. Não era possível que Max.. Tinha outro motivo! E eu nem sabia onde morava, ele me bloqueou nas mensagens, eu não conseguia entrar em contato com ele mais.

Narrador Off Max

Tinha que ser feito aquilo era o melhor para nós dois, e eu sempre decidi o que era melhor para mim, para as pessoas ao meu redor, e para minha gangue. Agora decidir o que era melhor para a pessoa que mais amava foi bem difícil, Ismael era uma amorzinho de pessoa, e preferi me despedir dele pessoalmente, do que ser muleke bastante de não falar nada, e apenas sumir.

Eu estava com meu carro estacionado já no jardim de minha casa, na zona leste da cidade, bem longe de onde Ismael morava, eu fiquei no carro vendo o quanto aquela chuvinha bem fraquinha, conseguia me acalmar muito. Estava bem agitado, eu havia olhado no retrovisor bem na hora que Ismael estava correndo atrás do carro, tinha começado a chover, e ver ele chorando ali na chuva, me fazia querer voltar e ficar com ele, proteger ele daquilo tudo, mas era eu que promovia a dor e o sofrimento na vida dele, precisava passar isso a limpo, e cuidar dele mesmo longe.

Logo levei um susto ao ver uma mulher alta, forte, e bonita, de cabelos grisalhos bater duas vezes na janela do meu carro.

- Eu nunca vi você chorando! - disse minha mãe. - Voltou a pensar no seu pai novamente? - perguntou baixinho.

- Não mamãe. - disse para ela. Ele colocou a mão na boca e se assustou.

- Eu não acredito que alguém conquistou seu coração, e você foi jogado fora. - disse ela abismada.

- Não fui jogado fora mamãe. Apenas tomei a melhor decisão antes que ficasse mais intenso.

- Max, mamãe te conhece como ninguém. Em baixo dessa armadura de dois metros de ferro, tem um jovem do coração molinho, que quer apenas ser amado.

- Eu não podia ficar com ele mamãe. Ele ia se machucar.

- Por que você não é homem de uma pessoa só ? - disse ele brava. - Ou por que você não nasceu para repetir o mesmo prato todos os dias?

- Não quero machucá-lo com a pessoa que eu sou. Ele é tão doce e especial, que não consigo trazer ele para o meu mundo, com medo de assusta-lo. - falei chorando mais ainda. Minha mãe abriu a porta do carro e me puxou para sentarmos em um banco de jardim que tinha em frente ao campo que havia em minha casa.

Meu Gângster Gay - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora