Entre Mentiras - Completo - Em Revisão

Capítulo 35

"Por isso ame mais!
Abrace mais!
Pois não sabemos, quanto tempo temos, pra respirar!
Fale mais!
Ouça mais!
Vale a pena lembrar que a vida,
é curta demais!

Verdades do tempo
Thiago Brado"

FIM DO LIVRO

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Carla

ALGUNS ANOS DEPOIS

Eu estou tão, mas tão feliz e muito orgulhosa da minha pequena princesa que sinto que vou explodir de tanta felicidade a qualquer momento.
Estou bem na frente, olhando a entrevista dela para um monte de jornalistas curiosos para saber de onde saiu a história do livro.
Ela me olhava enquanto contava a história, a nossa história e em minha mente um filme passava, e eu me lembrava de tudo.
Meu Deus... vivemos tantas coisas.

- Ana Clara! Ana Clara! Enquanto você escrevia, sua mãe te contava a história da sua vida. Ou ela contou e depois você decidiu escrever?

- Bom, - ela me olha sorrindo. - na verdade eu já sabia, então decidi escrever e pedi a minha mãe que me ajudasse, porque ela sabe mais dos detalhes do que eu - ela fala entre risos, ja olhando para o jornalista. - Então minha mãe contou tudo novamente enquanto eu escrevia cada capítulo, depois de umas semanas, eu decidi mandar para a Editora.

- E me diz? Por que você preferiu te matar no livro?

Ana respira fundo, e depois de me olhar com os olhinhos cheios de água, ela começa:

- O livro mostra meu avô... meu avô Alberto. Um homem que me odiava por eu ser filha do filho da família que ele odiava. Não me pergunte o por que dessa richa entre os Bittencourt e os Figueira... Eu mesmo não entendia. Mas todo esse ódio, fez com que o meu avô me odiasse por anos, e ele foi capaz de se recusar a doar o figado para mim... - ela respira fundo e limpa uma lágrima que desce por sua bochecha, ela sorri e continua: - Por que me matar no livro? Porque eu quero que as pessoas saibam o que pode acontecer quando simplesmente alimentamos um ódio por quem amamos. A vida é muito curta para viver de brigas, desavenças, ódio... Eu queria que as pessoas vissem o quanto uma "simples" - ela faz aspas com seus dedos. - richa pode destruir uma família!

- Muito lindo isso!

- Mas Ana Clara, quem doou o fígado para você?

- Quem?

Ana me olha mais uma vez.

- Meu avô... Foi ele quem salvou a minha vida. Foi ele quem me doou seu fígado e me trouxe de volta para a vida!

- Ele ainda esta vivo?

- Não. Ele, ele faleceu há 2 anos - ela limpa suas lágrimas mais uma vez, também limpo as minhas e continuo vendo. - Mas vivemos tudo o que o ódio dele roubou de nós por 4 anos... Meu avô, ele foi o melhor avô do mundo todo! E foi o melhor pai também não é, mãe?

- Sim...

Sussurro balançando a cabeça assentindo.
Depois que papai doou o fígado para Ana e depois de uma conversa entre nós dois, meu pai se tornou outro homem e meu Deus, foram tempos em que reconstruimos nosso relacionamento de pai e filha.
Em outro momento você saberá como tudo isso aconteceu.

- Sua mãe estava gravida mesmo do Renato?

- Sim! Sim!

Ela fala entusiasmada.

- Meu irmão Teodoro, aquela bênção de pessoa ali...

Ana aponta para Teo, ao meu lado esquerdo, ele acena para todos e dou uma gargalhada baixa.

- E seu pai Lixadi - a gargalhada que todos dão, dura por mais ou menos 2 minutos. - Ele teve mesmo um filho com a Renata?

- Sim... Daniel foi fruto de uma fertilização que meu pai e a Renata fizeram.

- Isso é muito lindo!

- Ana Clara! Ana Clara!

Uma voz ecoa entre todos os jornalistas, logo ficam em silêncio e prestam atenção em um jornalista jovem, cabelos pretos, a pele branquinha e os olhos azuis.

- A pergunta que não quer calar?

Ana franze o cenho.

- Com quem a dona Carla ficou?

Ana e eu damos uma gargalhada e todos os jornalistas confirmam que estão curiosos para saber isso.

- No livro você não diz isso... O livro acaba com a dona Carla dizendo que ela estava grávida do Renato, e tenha certeza que isso causou uma confusão em seus leitores!

- Sim...

Ela da mais uma gargalhada e olha para o jornalista.
Sorrio percebendo um olhar diferente em minha filha.
Ana me olha sorrindo e diz:

- Mãe, vem aqui contar isso a eles...

Olho para ele, o amor da minha vida, selo meus lábios no dele e caminho até minha filha, me sento na cadeira ao lado dela e depois de nos abraçarmos, respiro fundo, me sentindo estranha por estar na frente de tanta gente.

- Bom... - dou uma gargalhada mostrando o quão nervosa  eu estou. - Depois que Ana levou alta do hospital, Richard e Renato começaram a me pressionar, bom, eu me sentia pressionada e me sentia mal por eles... então eu comecei a rever tudo, toda a minha história com eles, claro, fui me consultar com a minha conselheira, amiga e cunhada Lílian e eu decidi seguir o meu coração, que gritava quem era o verdadeiro amor da minha vida. Então eu escrevi duas cartas, uma foi para o Richard e a outra para o Renato...

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POR ESSA NINGUÉM ESPERAVA NÃO É
MEXXXXXMOOO?

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VOCÊS TEM NOÇÃO DO QUÃO IMPREVISÍVEL É ESAA MENINA?
SEGUNDO A AUTORA, O LIVRO DE ANA COMEÇOU A SER CONTADO (SEM QUE PERCEBESSEMOS) QUANDO CARLA, ALEX E LÍLIAN CHEGARAM EM SÃO PAULO.

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AGORA, UM CONSELHO, FIQUEM LIGADOS NESSE JORNALISTA DOS OLHOS AZUIS...

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Até daqui a pouco!

Att Assessoria
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